6/18/2025

FUTEBOL DE ELITE: O PODER SUJO POR TRÁS DOS GRAMADOS

 

Futebol 2025

Futebol de Elite: 

O Poder Sujo por Trás dos Gramados

Por trás da resistência ao novo Mundial de Clubes, se esconde um jogo perigoso: dinheiro sem lastro, contratos inflados e a exclusão sistemática de clubes fora da Europa.


Futebol Global em Disputa

O Mundial de Clubes da FIFA com novo formato e 32 participantes nos Estados Unidos, previsto para 2025, deveria celebrar a diversidade do futebol global. 

Mas antes mesmo de sua estreia, a competição enfrenta resistência velada (e às vezes escancarada) de dirigentes europeus. 

Clubes da América do Sul, África e Oceania são rotulados como "convidados" indesejados. Por trás dessa rejeição, esconde-se um sistema desigual e opaco que movimenta bilhões.


Racismo e Classismo Disfarçado

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, afirmou que "clubes periféricos desvalorizam a competição". 

A Federação Espanhola foi mais longe ao criticar o "excesso de vagas para sul-americanos e africanos". 

Essas declarações revelam um sentimento colonial: clubes europeus como donos do jogo, e os demais como figurantes.

Os termos usados nos bastidores não escondem a narrativa:

  • "Clubes europeus" são chamados de "ancoras", "garantia de qualidade";

  • "Clubes do sul global" são "intrusos", "exóticos", "convidados".


O Fluxo de Dinheiro Suspeito

As principais ligas da Europa movimentam cifras astronômicas, mas com transparência questionável. 

Investigações como o Football Leaks e Pandora Papers revelaram:

  • Contratos de patrocínio superfaturados;

  • Transferências infladas para inflar ativos e ocultar origem dos fundos;

  • Uso de paraísos fiscais (Curaçao, Ilhas Virgens, Chipre) para dificultar a rastreabilidade do dinheiro.

Exemplo: 

O Manchester City foi acusado de inflacionar contratos com empresas associadas ao seu grupo controlador, evitando sanções do Fair Play Financeiro da UEFA.


Um Sistema Que Se Auto-Protege

A UEFA impõe regras rígidas para clubes menores, mas as grandes potências europeias raramente enfrentam penalidades significativas. 

Quando punidas, recorrem a tribunais como o CAS (Corte Arbitral do Esporte) e conseguem reverter decisões.

Além disso, os dirigentes dessas organizações são muitas vezes ex-integrantes de federações nacionais e mantêm relações políticas com clubes gigantes.


O Novo Mundial Como Ameaça ao Monopólio

A FIFA, ao incluir clubes de todos os continentes, afronta a estrutura tradicional do futebol global. 

A Europa teme perder o monopólio das grandes receitas e da narrativa esportiva. 

A resistência não é apenas por "logística": é pelo medo de perder o controle.


O Futuro do Futebol Não é Exclusivo

O Mundial de Clubes de 2025 expõe uma ferida antiga. 

A FIFA quer um futebol globalizado, mas encontra uma elite que se recusa a dividir poder. 

A resistência à competição revela muito mais sobre os bastidores do futebol do que sobre os clubes convidados.

A hora de discutir o racismo estrutural, o classismo e a corrupção no futebol é agora. 

Para que o esporte mais popular do planeta seja também o mais justo.

MANCHETE

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