BRICS PAY: A Revolução Silenciosa que Desafia o Dólar?
Conheça o BRICS PAY, sistema de pagamentos do BRICS que reduz dependência do dólar.
Saiba como funciona e os impactos globais dessa inovação.
O que é o BRICS PAY?
O BRICS PAY é um sistema de pagamentos descentralizado idealizado pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Desenvolvido por especialistas em tecnologia financeira dos países membros, ele permite transações internacionais entre essas nações utilizando suas moedas locais, sem recorrer ao sistema tradicional SWIFT ou ao dólar americano.
O objetivo é tornar as trocas mais seguras, baratas e transparentes, eliminando intermediários externos e reduzindo custos de transação.
Por que isso importa agora?
Desde meados de 2024, o BRICS vem expandindo sua visão de criar uma infraestrutura financeira menos dependente do sistema ocidental.
Embora não exista uma moeda única, o BRICS PAY atua como um bloco financeiro alternativo, sustentando a ideia de um sistema multipolar
O presidente Lula chegou a defender o uso de moedas locais para transações entre os países do BRICS, reforçando a direção do bloco rumo a uma maior autonomia financeira.
O que os especialistas destacam?
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O economista Paulo Nogueira Batista Jr., ex-diretor do FMI, alerta que o BRICS não busca destruir o dólar, mas sim criar um sistema paralelo independente e imune a sanções.
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A proposta de uma moeda de reserva internacional — uma "moeda BRICS" — não é oficialmente debatida, mas especialistas defendem que poderia ser uma solução de longo prazo para reduzir vulnerabilidades financeiras.
Como funciona o BRICS PAY
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Mensagens financeiras descentralizadas (DCMS): Cada país mantém seu próprio nó, favorecendo integridade e resistência.
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Transações em moeda local: Permite que os membros definam taxas de conversão e limites, reduzindo a necessidade de dólares.
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Alta velocidade e pouca exigência técnica: O sistema pode processar milhares de mensagens por segundo com infraestrutura leve.
Impactos para o Brasil e o mundo
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Comércio mais eficiente: Reduz a burocracia e o custo nas transações entre países do BRICS e seus parceiros.
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Menor vulnerabilidade política: Torna os países menos suscetíveis a sanções financeiras derivadas dos EUA.
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Possibilidade de expansão: Com o ingresso de novos membros (como Irã, Emirados e Egito), o alcance e a relevância do sistema crescem.
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Paso inicial para uma moeda de reserva: Embora distante, o sistema prepara o terreno para futuras inovações monetárias no bloco.
O BRICS PAY surge como uma ferramenta estratégica e viável para fortalecer a autonomia financeira dos países emergentes.
Sem criar uma moeda única, ele oferece uma alternativa às barreiras do sistema financeiro global liderado pelos EUA, promovendo cooperação, resiliência e inclusão.
É uma novidade com potencial transformador — discreta, mas poderosa.