Costa do Marfim corta exportação de cacau para EUA e foca em Europa e Ásia
A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, anunciou que poderá suspender ou reduzir drasticamente as exportações para os Estados Unidos.
A medida é uma reação à taxação de 21% imposta pelo governo americano, considerada pelo país africano como prejudicial e injusta.
O foco agora é direcionar toda a produção para mercados europeus e asiáticos.
Por que a Costa do Marfim tomou essa decisão?
Os EUA compram entre 200 mil e 300 mil toneladas de cacau marfinense por ano, representando até 10% das exportações do país.
Porém, com as novas tarifas, os lucros dos produtores e exportadores seriam severamente afetados.
O governo argumenta que Europa e Ásia oferecem condições mais competitivas e que, além disso, pretende aumentar o processamento interno do cacau, agregando valor antes da exportação.
Europa e Ásia: os novos destinos do cacau marfinense
Mercado europeu
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Holanda e Bélgica já estão entre os maiores compradores de cacau da Costa do Marfim.
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A União Europeia mantém acordos comerciais mais estáveis com o país.
Mercado asiático
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A China e outros países asiáticos aumentaram a demanda por cacau nos últimos anos.
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Investimentos asiáticos em infraestrutura e processamento de cacau fortalecem a relação comercial.
Impactos para o mercado global de chocolate
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Possível alta de preços no mercado americano devido à redução da oferta.
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Oportunidades de expansão para processadores e distribuidores na Europa e Ásia.
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Risco de contrabando via Gana, caso produtores tentem evitar as tarifas americanas.
O que isso significa para produtores e consumidores
Para os produtores da Costa do Marfim, a estratégia busca garantir preços mais justos e mercados menos hostis.
Para consumidores de chocolate nos EUA, é provável que o preço aumente ou que indústrias busquem novos fornecedores.
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