A Dívida Americana de US$ 37 Trilhões: Em que ritmo está crescendo e até quando?
Marco histórico: dívida bate US$ 37 trilhões
O Departamento do Tesouro dos EUA confirmou que, em 12 de agosto de 2025, a dívida nacional ultrapassou a barreira recorde de US$ 37 trilhões, atingindo o patamar muito antes do previsto pelos especialistas — que estimavam tal marca só após 2030.
Crescimento alarmante: um trilhão a cada cinco meses
A dívida não está apenas crescendo — ela dispara.
Até 2024, os EUA chegaram a US$ 34 trilhões em janeiro, US$ 35 trilhões em julho e US$ 36 trilhões em novembro. Agora estamos em US$ 37 trilhões.
Isso significa que o país está acumulando US$ 1 trilhão a cada cinco meses — mais que o dobro da velocidade média dos últimos 25 anos.
Quanto o país adiciona por ano?
Se mantido esse ritmo, a dívida federal americana está aumentando em cerca de US$ 2,4 trilhões ao ano — equivalendo a quase 6% do PIB.
Esse padrão acelerado se torna exponencial quando visto no horizonte de alguns anos.
Quem detém essa dívida?
Segundo o Pew Research Center, a maior parte da dívida americana é mantida por investidores privados (US$ 24,4 trilhões), seguidos por fundos federais como os da Previdência Social (US$ 7,3 trilhões) e bancos centrais como o Federal Reserve (US$ 4,6 trilhões).
Juventude fiscal: juros consomem mais do que defesa e saúde
Em 2024, os juros da dívida ultrapassaram tanto os gastos com Medicare quanto com defesa nacional, somando cerca de US$ 879,9 bilhões, ou 13% do orçamento federal — o maior patamar em 25 anos.
O risco do downgrade e o alerta das agências de rating
Agências como Moody's, S&P e Fitch já rebaixaram a nota de crédito dos EUA — a Moody’s citou déficits persistentes, dívida crescente e políticas fiscais desencontradas.
A previsão é de que, até 2035, os juros consumam 30% da receita federal, acima dos 18% atuais.
Soluções possíveis — mas difíceis
Segundo o economista Mankiw, há cinco saídas complexas:
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Crescimento econômico extraordinário (implicando inovação e produtividade);
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Calote controlado;
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Inflação alta via impressão monetária;
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Cortes drásticos nos gastos (dificultados pelos programas sociais);
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Grandes aumentos de impostos (impopulares politicamente).
Um coquetel explosivo
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A dívida americana atingiu US$ 37 trilhões, crescendo em ritmo acelerado.
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Adiciona aproximadamente US$ 1 trilhão a cada cinco meses — ou US$ 2,4 trilhões por ano.
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Os juros já consomem mais que defesa e Medicare, e metade da dívida está nas mãos de investidores privados.
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As agências de rating alertam: a confiança global está sendo testada.
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Não há saída fácil: solução exigirá escolhas difíceis que governos relutam em tomar