Verdade por Trás da Família Gerdau e Sua Relação com o Brasil
Quem é a Gerdau
A Gerdau é uma das maiores produtoras de aço da América Latina, fundada em 1901, com sede no Rio Grande do Sul.
O grupo controla dezenas de siderúrgicas e tem forte presença no Brasil, Estados Unidos, Canadá e outros países.
A empresa é controlada pela família Gerdau Johannpeter, uma das mais influentes e discretas do empresariado brasileiro.
Financiamento à Família Bolsonaro
Doações Eleitorais Diretas e Indiretas
Durante o período eleitoral de 2018, executivos e pessoas físicas ligadas ao grupo Gerdau aparecem como doadores relevantes para campanhas de políticos do espectro conservador, inclusive candidatos ligados ao bolsonarismo.
Embora o grupo empresarial tenha deixado de doar diretamente após a proibição de doações empresariais em 2015, há registro de doações cruzadas, via CPFs de executivos e familiares, o que levanta suspeitas de financiamento indireto.
Relações Próximas com Paulo Guedes e o Ministério da Economia
A Gerdau também se beneficiou da política de desoneração da folha de pagamento e incentivos fiscais à indústria durante o governo Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, Jorge Gerdau foi conselheiro direto de diversos governos, incluindo os de Dilma, Lula e Temer — mas teve influência mais direta com Guedes, sendo um entusiasta das reformas neoliberais e da privatização de estatais, com destaque para Eletrobras e Correios.
Gerdau e o Lobby Contra a China
Interesse em Enfraquecer Parceria Brasil-China
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, especialmente na compra de commodities como minério de ferro, soja e carne.
Ainda assim, grupos empresariais como a Gerdau parecem fazer lobby junto ao governo brasileiro para reposicionar o país ao lado dos Estados Unidos, seguindo a cartilha do trumpismo.
A ideia de pressionar o governo a se alinhar geopoliticamente contra a China é vista como um "tiro no pé" do ponto de vista comercial.
Transferência de Operações para os EUA
Nos últimos anos, a Gerdau vem aumentando sua presença nos Estados Unidos, ampliando operações em estados como o Texas.
A empresa justifica a expansão com base em vantagens competitivas e estabilidade econômica, mas analistas veem isso como um movimento político: pressão sobre o governo brasileiro por mais incentivos, ameaçando "fuga de capital e empregos".
🔥 Crítica recorrente: empresas que se beneficiam de incentivos fiscais e linhas de crédito subsidiadas pelo BNDES estão usando esses recursos para expandir suas operações no exterior, em vez de reinvestir no Brasil.
Benefícios Recebidos pelo Governo Brasileiro
BNDES e Incentivos Fiscais
A Gerdau é uma das empresas que mais se beneficiou do crédito subsidiado do BNDES nas últimas décadas.
Muitos desses financiamentos têm juros abaixo do mercado e prazos estendidos.
Isenções Tributárias e Renúncias Fiscais
A empresa também participa de regimes especiais de tributação, como o Reintegra, além de incentivos estaduais, como no Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Participações em Conselhos Estratégicos
Jorge Gerdau participou do Conselho de Gestão Pública nos governos Lula e Dilma e de conselhos empresariais no governo Temer e Bolsonaro, sendo influente na elaboração de políticas públicas que beneficiam diretamente a grande indústria.
A Verdade Por Trás da Família Gerdau
Apesar de se apresentarem como gestores modernos, inovadores e comprometidos com o Brasil, os membros da família Gerdau mantêm uma agenda conservadora, elitista e desconectada das reais necessidades da população brasileira.
Sua atuação política silenciosa, porém poderosa, é marcada por:
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Influência sobre políticas públicas;
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Benefícios bilionários do Estado brasileiro;
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Financiamento indireto de políticos ultraconservadores;
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Pressão por reformas que retiram direitos sociais e trabalhistas;
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Apoio a uma visão de mundo pró-Estados Unidos, mesmo que isso prejudique a soberania comercial do Brasil.
O Tiro no Pé
O grupo Gerdau, ao tentar transferir parte de sua operação para os EUA, subestima a importância do mercado brasileiro e da parceria estratégica com a China.
Além disso, ao apoiar governos autoritários e políticas que aumentam a desigualdade, compromete sua reputação como empresa socialmente responsável.
O Brasil precisa de empresários que pensem no desenvolvimento nacional, não apenas no lucro imediato ou em alinhamentos geopolíticos movidos por ideologia americana.