4/16/2022

COMO O PCC CONTROLA OS PRESÍDIOS NO BRASIL?

A hierarquia do PCC;

Marcola é o principal líder da facção criminos.

O grande “segredo” do PCC para crescer tanto foi a fidelidade com que seus integrantes;


1) Prometem 

2) Cumprem.

“Uma vez do PCC sempre do PCC”.

Costumam dizer seus aliados.

É certo que parte desta “fidelidade” se dá por um motivo indiscutível.

Quem não for fiel morre.

Mas é certo também que com o crescimento da facção e sua divulgação pela mídia, fizeram com que se transformassem numa “grife”, fazendo com que bandidos se “orgulhassem” de pertencer a facção.

O PCC sempre funcionou com um comando centralizado.

Com um ou dois chefes que repassam as ordens.

O respeito à hierarquia é condição principal para quem é afiliado ao comando criminoso e, como numa empresa.

O PCC mantém um organograma.

“Formada a quadrilha”, escreveu o Ministério Público em seu relatório,
“os membros da Congregação desenvolveram sofisticada divisão de trabalho, cada qual exercendo uma função, mas sempre conscientes da finalidade global e do papel que cada um cumpre no esquema criminoso.”

É assim a estrutura da hierarquia do crime, a hierárquia do PCC.

O dinheiro do PCC;

Dinheiro do crime serve para o crime.

Em livros-caixas encontrados pela polícia, a “contabilidade” do PCC mostra que parte do “lucro” é destinado para;

1) Compra de armas para abastecer as quadrilhas que agem em São Paulo e fora.

2) Para comprar mais drogas e continuar gerindo os “negócios”.

Outra fatia do bolo serve para.

1) Pagar os salários dos Torres. 

2) Pilotos recebem verba mensal para exercer a função.

São salários consideráveis que vão de R$ 3 mil a R$ 10 mil, dependendo do faturamento do mês, pago pelo caixa do PCC.

Parte do dinheiro do PCC é aplicado em “funções sociais”, como;

1) A compra de cestas-básicas para familiares de presos que estão passando necessidade.

2) O pagamento dos ônibus que são fretados para levar familiares de detentos as prisões nos finais de semana para a visita.

Os integrantes do comando também tem que pagar uma mensalidade.

Em 2007, o "mensalão do PCC" cobrava de seus "associados” presos um valor de R$ 50.

Para os presos em regime semi-aberto que podem sair de dia e tem que voltar a noite para a cadeia a mensalidade era de R$ 250.

Já os que estavam em total liberdade tinham que pagar R$ 500 por mês, já que os dirigentes da facção entendem que quem está fora do sistema, em liberdade, tem condições de colaborar com um valor maior porque têm mais facilidade em conseguir dinheiro, seja:

1) Trabalhando honestamente. 

2) Roubando.

Uma outra parte da grana é usada numa espécie de “programa assistencial” criado em favelas de São Paulo, onde a facção tem pontos de vendas de drogas.

Batizado de:

“Ajuda da Correria para o Social”.

O “programa” distribui;

1) Leite, 

2) Gás  

3) Cestas básicas a famílias que moram nestas favelas.

Uma espécie de “troca”: 

1) A gente vende a droga,  

2) Vocês ficam quietinhos, não denunciam a polícia e nós damos o “troco”.

As famílias interessadas em receber a “ajuda” são cadastradas pelos soldados da facção.

Também faz parte do “pacote social” a compra de;

1) Remédios 

2) Enxovais para bebês.

Outra forma de arrecadação de dinheiro é a rifa do PCC, que corre todos os meses.

A loteria do crime é vendida nas cadeias, num sistema de rodízio, a cada mês 10 cadeias fazem a loteria. 

Cada número custa R$ 15 e cada detento ligado ao PCC tem que comprar pelo menos três bilhetes.

Familiares também compram e, em alguns casos, revendem aqui fora.

O resultado é o que der no concurso oficial da Loteria da Caixa Econômica Federal.

Quem ganhar o primeiro prêmio leva;

1) Um apartamento no valor médio de R$ 70 mil. 

2) O segundo prêmio é uma TV Plasma.

O PCC também faz “empréstimos” aos detentos.

Quem for filiado e estiver precisando de grana é só pedir que o dinheiro está na mão sem necessidade de avalista.

Mas tem que pagar se não, morre.

Aliás o PCC também paga;

1) Velórios 

2) Enterros

De seus integrantes mortos dentro ou fora dos presídios.

Dependendo da “importância” do indivíduo e de sua “contribuição” criminosa a facção quando vivo, o valor gasto com o caixão, velas, coroas e faixas pode chegar a R$ 5 mil .

O batismo do PCC;

Quem quiser entrar no PCC precisa ser “apresentado” por alguém.

Não basta chegar e ir entrando.

Tem que ter alguém que o apresente, garanta aos demais que ele é “gente boa”, é “firmeza”.

Tem que ter um “padrinho”.

Devidamente garantido em seu “caráter” o postulante a integrante da facção passa por um “batismo”.

Em um copo que pode até ser de água, mas preferencialmente com pinga, padrinho e “afilhado” jogam uma gota de sangue de cada um, conseguida através de um furinho no dedo indicador.

Então, cada um bebe a metade.

O “afilhado” promete que nunca irá desapontar o padrinho e jura fidelidade ao PCC para sempre.

Recebe uma cópia do estatuto da facção e é o mais novo integrante do partido do crime.

Se o padrinho estiver na cadeia e o afilhado fora ou vice-versa, a cerimônia do sangue na pinga é dispensada, restando só;

1) O juramento.

2) O recebimento do estatuto que o afilhado jura respeitar e seguir a risca.

Ele é alertado que a pena é a de morte para quem desrespeitar o estatuto.

A cerimônia é realizada tanto por:

1) Homens 

2) Mulheres,

Já que o número de mulheres filiadas ao PCC cresce a cada ano.

Todas as cadeias femininas de São Paulo são dominadas pelo PCC.

É o PCC de Saias, como são chamadas.

Também nos presídios femininos existem as figuras dos Torres e Pilotos.

São subordinadas a chefia geral, ao comando, liderados por homens.

ESTATUTO DO PCC:

1 - Lealdade, respeito e solidariedade acima de tudo ao “Partido”.
 
2 - A luta pela liberdade, justiça e paz.
 
3 - A união contra as injustiças e a opressão dentro da prisão.
 
4 - Contribuição daqueles que estão em liberdade, com os irmãos dentro da prisão,  atravésde;

A) Advogados, 

B) Dinheiro, 

C) Ajuda aos familiares  

D) Ação de resgate.

5 - O respeito e a solidariedade a todos os membros do “Partido”, para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do “Partido”, tentando dividir a irmandade, será excluído e repudiado do “Partido”.
 
6 - Jamais usar o “Partido” para resolver problemas pessoais contra pessoas de fora porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas o “Partido” estará sempre leal e solidário a todos os seus integrantes para que não venham a sofrer nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.
 
7 - Aquele que estiver em liberdade, "bem estruturado" , mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, será condenado à morte, sem perdão.

8 - Os integrantes do “Partido” têm que dar bom exemplo a ser seguido e, por isso, o Partido não admite que haja:

A) Assalto

B) Estupro  

C) Extorsão dentro do sistema.

9 - O “Partido” não admite;

A) Mentiras,

B) Traição, 

C) Inveja, 

D) Cobiça,

E) Calúnia, 

F) Egoísmo, 

G) interesse pessoal, 

Mas sim;

A) A verdade

B) A fidelidade, 

C) A hombridade, 

D) Solidariedade

E) Ao interesse comum 

F) Ao bem de todos, porque somos um por todos e todos por uM

10 - Todo integrante terá que respeitar a ordem e a disciplina do “Partido”. 

Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por  merecer.

 A opinião de todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do “Partido”.
 
11 - O Primeiro Comando da Capital - P.C.C., fundado no ano de 1993, numa luta descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de Concentração anexo da Casa de Custódia de Taubaté, tem como lema absoluto.

"A Liberdade, a Justiça e a Paz".
 
12 - O partido não admite;

A) Rivalidades internas,

B) Disputa do poder na liderança do comando.

Pois cada integrante do Comando sabe a função que lhe compete, de acordo com sua capacidade para exercê-la.
 
13 - Temos que permanecer unidos e organizados para evitarmos que ocorra novamente um massacre semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992, quando 111 presos foram covardemente assassinados, massacre  esse que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira.

Porque nós do Comando vamos sacudir o sistema e  fazer essas autoridades mudarem a prática carcerária;

A) Desumana, 

B) Cheia de injustiça, 

C) Opressão, 

D) Torturas, 

E) Massacres nas prisões.

14 - A prioridade do Comando no momento é pressionar o Governo do Estado a desativar aquele Campo de Concentração “anexo” à Casa de Custódia de Tratamento de Taubaté de onde surgiram a semente e as raízes do Comando, no meio de tantas lutas inglórias e tantos sofrimentos atrozes.
 
15 - Partindo do Comando Central da Capital, o QG do Estado, as diretrizes de ações organizadas, simultâneas em todos os estabelecimentos penais do Estado
numa guerra sem tréguas, sem fronteiras, até a vitória final.

16 - O importante de tudo é que ninguém nos deterá nessa luta porque a semente do Comando se espalhou em todo o Sistema Penitenciário do Estado e conseguimos nos estruturar também do lado de fora, com muitos sacrifícios e perdas, mas nos consolidando, a nível estadual e a longo prazo, nos consolidaremos também a nível nacional.

Conhecemos nossa força e a força de nossos inimigos poderosos, mas estamos preparados, unidos, e um povo unido jamais será vencido.
 
               LIBERDADE! JUSTIÇA! PAZ!
                                                                                                                         PCC
                 "UNIDOS VENCEREMOS"










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