8/14/2022

MILÍCIAS, A SEGURANÇA PRIVADA QUE ATUAM FORA DA LEI:


Essas informações foi prestada pela polícia militar do Rio Grande do Sul, que é chamado de Brigada Militar, que fiscaliza essa atividade aqui, em outros estado pode ser diferente.

Estimativa da BM ( Brigada Militar) é de que possa chegar a 7 mil o número de firmas clandestinas ligada ao ramo da segurança.


Ao investigar o exército clandestino de vigias nas ruas, a Brigada Militar identificou 1,9 mil empresas de vigilância e zeladoria patrimonial irregulares no Estado. 

A informação é de um recente levantamento do Grupamento de Supervisão de Vigilância e Guardas (GSVG), responsável pela fiscalização da atividade no Rio Grande do Sul.

Apesar de muitas terem:

1) CNPJ 

2) Alvarás de prefeituras.

As empresas flagradas pela fiscalização da BM não possuem licença de funcionamento emitida pela corporação policial. 

Segundo o comandante do GSVG, tenente-coronel Otacílio Maia Cardozo, algumas deixaram de renovar a autorização anual, mas a grande maioria sequer procurou algum dia a Brigada para regularizar a sua situação. 

— É um risco contratar empresas nesta situação. 

Provavelmente elas empregam;

1) Pessoal sem qualificação.

2) Com antecedentes criminais — Alerta o oficial.

Conforme o tenente-coronel, apenas 384 empresas estão regulares no Estado. 

Ou seja, têm alvará e empregados credenciados pela Brigada. 

Número pequeno se comparado à estimativa do comandante do GSVG de que outras 7 mil empresas atuem de forma clandestina no mercado de segurança no Estado, algumas sem qualquer tipo de formalização. 

O caso mais comum é o de pessoas ou grupos que se oferecem para guarnecer guaritas em esquinas de bairros residenciais.

— Só no ano passado, foram detectados 710 casos assim — conta o oficial.

Pela legislação atual, empresas que atuem com;

1) Segurança bancária, 

2) Transporte de valor.

3) Escolta armada.

São fiscalizadas pela:

1) Polícia Federal em nível nacional,

2) Pela Brigada Militar no Estado.  

A cargo da polícia gaúcha estão também empresas que atuem na;

1) Segurança zeladoria patrimonial, 

2) Não necessitem arma de fogo,

3) Instalação e monitoramento de alarmes.

— Temos quatro equipes que se dividem entre fiscalizações na Região Metropolitana e Interior. 

Foram mais de 1,2 mil fiscalizações no ano passado — conta Cardozo.

A clandestinidade, irmã gêmea da carência de efetivo policial nas ruas, é estimulada por:

1) Moradores de bairros de classe média. 

No bairro Bela Vista, por exemplo, um homem de 53 anos, calça jeans, camisa xadrez, tênis de corrida, é sinônimo de segurança. 

Ele se somou a outros quatro amigos, ex-colegas em uma firma de segurança para oferecer serviço "por conta".

— Se a gente nota alguma coisa, aciona o 190, mas só a nossa presença já reduziu bastante o roubo de carros e estepes — garante o homem que atua numa guarita e nunca frequentou curso de vigilante.

Sindicato alerta para clandestinos.

A proliferação de empresas fora da lei preocupa o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Rio Grande do Sul (Sindesp/RS).

— Sabemos que há muito mais empresas irregulares do que regulares, o que é preocupante, porque essas empresas não têm o mesmo compromisso com a qualidade do serviço, diz o presidente do Sindesp/RS, Cláudio Roberto Laude.

Por qualidade, o serviço de segurança privada subentende: 

1) Registro da empresa na Polícia Federal, 

2) Contratação de profissionais com curso de vigilante.

3) Oferta de um aparato integrado de segurança, com;

A) Monitoramento remoto por circuito fechado de TV, 

B) Alarme e rastreamento. 

Diretor comercial do Grupo Epavi, Luiz Fernando de Oliveira Gomes, porém, adverte:

— Nas ruas, o trabalho é de segurança pública e do policiamento ostensivo que é brigada militar.

Exército informal.

- Das 2.339 mil empresas registradas pela Brigada Militar, 1.955 estão irregulares.

- A estimativa é que existam cerca de 7 mil empresas clandestinas no Estado. 

- No ano passado, a Brigada flagrou 710 empresas clandestinas (sequer registro tinham na corporação) em atividade no Rio Grande do Sul.

CUIDADOS NECESSÁRIOS:

Ao contratar serviços de segurança ou vigilância privada, tome alguns cuidados.

1)  Contrate apenas aquelas que estão registradas junto à Brigada Militar.

2)  A lista das regulares pode ser conferida em:

www.brigadamilitar.rs.gov.br/estrutura/gsvg

3) Vigilantes ou zeladores patrimoniais não podem abordar pessoas nas ruas. 

4)  A contratação de clandestinos pode ainda levar a criação de vínculo empregatício entre os "vigilantes" e moradores. 

5)  Além de comprovar o registro junto à Brigada Militar, a empresa prestadora do serviço deverá apresentar o alvará de funcionamento emitido pela corporação, com vencimento anual sempre em 31 de março.

6)  Funcionários das empresas prestadoras do serviço devem possuir uma credencial fornecida pelo Grupamento de Supervisão de Vigilância e Guardas da BM.

Uso de guaritas;

Em Porto Alegre, a construção de guaritas só pode ser feita com:

1) Autorização da prefeitura. 

2)  Guaritas só pode ser feita por empresas regulares.

3) com alvará da Brigada Militar.

Denúncias:


- Denúncias sobre empresas irregulares no Estado podem ser repassadas ao Grupamento de Supervisão de Vigilância e Guardas (GSVG) da BM pelos telefones (51) 3231-4312 e 3231-4355.


Fonte: Jornal Zero Hora


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