Preços de passagens aéreas devem subir mais.
A indústria está enfrentando custos crescentes de combustível de aviação e problemas financeiros pós-pandemia
As viagens aéreas podem se tornar ainda mais caras nos próximos meses, informou a CNBC nesta semana, citando os principais executivos da aviação.
Um declínio na capacidade de refino dos Estados Unidos, resultando em combustível de aviação mais caro, e problemas financeiros para as companhias aéreas devido à pandemia, foram apontados como razões para os potenciais aumentos de preços pelo diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), William Walsh, que deu uma entrevista à CNBC na quarta-feira.
A capacidade dos Estados Unidos de refinar petróleo bruto em combustível e outros produtos caiu para seu nível mais baixo desde 2014 este ano, de acordo com o relatório anual de capacidade de refinaria do governo federal divulgado em junho.
A queda foi atribuída ao fechamento de refinarias no país devido a diversos fatores nos últimos anos.
Nos Estados Unidos, os preços das passagens aéreas subiram 25% no ano passado, o maior salto anual desde 1989, e continuaram a subir mais este ano.
Outro fator que eleva os custos dos voos globalmente são as consequências do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, disse o CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, conforme citado pela CNBC.
Al Baker disse que o conflito;
“alimentará a inflação, pressionando mais a cadeia de suprimentos”
E também levará à instabilidade no preço do petróleo.
Além disso, nos últimos meses, as companhias aéreas tiveram que usar rotas alternativas para evitar voar sobre a Ucrânia e a Rússia e, de acordo com o portal de viagens ViaTravelers.com, os voos de Londres para Delhi, por exemplo, agora precisam fazer um desvio, adicionando várias horas extras de tempo de voo e combustível.