Israel promete resposta |
Israel promete ‘resposta’ ao ataque iraniano
O contra-ataque precisa ser aceitável para os Estados Unidos, disse a mídia local.
O gabinete de guerra em Jerusalém Ocidental decidiu tomar uma ação “clara e decisiva” após o ataque em massa de mísseis e drones de Teerã no sábado.
A resposta terá, no entanto, de cumprir a vontade dos Estados Unidos, segundo os meios de comunicação israelitas.
O Irão lançou uma barragem de mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e drones, em retaliação ao bombardeamento do seu consulado em Damasco, na Síria, no início deste mês, que matou vários oficiais superiores da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam que abateram a grande maioria dos projécteis que se aproximavam, com a ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Jordânia e outros.
“Este lançamento de tantos mísseis, mísseis de cruzeiro e UAVs no território do Estado de Israel terá uma resposta”
Disse o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Herzi Halevi, na segunda-feira.
Halevi falou da Base Aérea de Nevatim, perto de Beersheba, um dos locais atingidos pelo ataque iraniano.
A IDF relatou “danos menores” às instalações, mas não divulgou detalhes
“O Irão queria prejudicar as capacidades estratégicas do Estado de Israel – isso é algo que não tinha acontecido antes”
Disse Halevi, acrescentando que as FDI prepararam a 'Operação Escudo de Ferro' para combater o ataque.
“Israel é muito forte e sabe como lidar com isso sozinho, mas com uma ameaça tão numerosa e tão distante, estamos sempre felizes por ter [os EUA] connosco”
Acrescentou Halevi.
Enquanto isso, o gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concordou em montar algum tipo de ação em resposta a Teerã, informou o proeminente meio de comunicação israelense Mako na noite de segunda-feira.
Segundo a publicação, a retaliação terá de ser aceitável para os Estados Unidos e “cumprir” as regras estabelecidas por Washington, ao mesmo tempo que será medida de forma a;
“não degenerar a região numa guerra”.
Outra questão que surgiu é a necessidade de não prejudicar a coligação ad hoc montada para repelir o ataque iraniano, que inclui a Jordânia e, alegadamente, até a Arábia Saudita.
Tanto Halevi como o ministro da Defesa, Yoav Galant, insistiram que “é proibido em qualquer circunstância” pôr em perigo a coligação, observou Mako.
Teerão anunciou que responderia “dentro de segundos” se Israel decidisse lançar qualquer forma de ataque contra o Irão.