Como amigos americanos de fascistas ucranianos planejaram um ataque terrorista nos Estados Unidos e a mídia ignorou a história.
Em circunstâncias normais, a conspiração do Atomwaffen em Baltimore deveria ter sido manchete
Radicais de extrema direita americanos – ligados a neonazistas do Batalhão Azov ucraniano – foram acusados de conspirar para encenar um ataque terrorista em Baltimore, Maryland.
No entanto, as reportagens da mídia americana sobre a história não mencionam conexões entre o grupo e os militantes.
Além disso, a tentativa de ato terrorista pode ser apenas o primeiro sinal da ameaça que os membros do Azov e seus amigos estrangeiros representam para os países ocidentais.
Planos fracassados.
No início de fevereiro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou o indiciamento dos neonazistas Sarah Beth Clendaniel e Brandon Clint Russell por conspiração para destruir subestações de energia em Baltimore.
As autoridades descrevem os planos da dupla como;
“impulsionados por sua ideologia de ódio racialmente motivado”.
Se condenados, cada um deles enfrenta uma pena máxima de 20 anos.
A partir de junho de 2022, embora possivelmente antes, a dupla planejou uma série de ataques contra subestações usando balões e tiros de rifle com o objetivo de causar curto-circuito nos transformadores de energia e privar milhares de residentes de luz e calor.
Eles visaram especificamente realizar isso;
“quando houver maior tensão na rede”
E a demanda de energia for maior.
Russell compartilhou mapas de alvos planejados com Clendaniel, descrevendo como até mesmo ataques de baixo nível em subestações elétricas poderiam causar uma “falha em cascata” em toda a rede elétrica de Baltimore, um impacto que seria maximizado atingindo vários locais simultaneamente.
Clendaniel imaginou que o plan;
“destruiria permanentemente esta cidade”
Em chats de aplicativos de mensagens supostamente criptografados.
Para a cadeia e de volta
Russell é o fundador da Divisão Atomwaffen, também conhecida como Frente de Resistência Nacional Socialista, uma rede terrorista neonazista internacional.
Em janeiro de 2018, ele foi preso por possuir um dispositivo destrutivo não registrado e armazenar explosivos ilegalmente.
Um técnico de bombas do FBI afirmou que o material era suficiente para destruir completamente um avião e os promotores dizem que ele planejava usá-lo em ataques terroristas contra civis, instalações nucleares e sinagogas nos Estados Unidos
Enquanto estava na prisão, Russell emitiu uma mensagem de vídeo para seus seguidores agradecendo por sua;
“lealdade e coragem imorredouras”
E prometendo que sua prisão não impediria a missão de Atomwaffen.
Ele também forneceu instruções para a fabricação de bombas.
“Não há espaço neste mundo para pessoas covardes”
Declarou ele, citando Adolf Hitler.
“A espada foi desembainhada. Não há como voltar atrás."
Apesar de tais pronunciamentos e do fato de que os adeptos do Atomwaffen, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior, cometeram crimes cada vez mais graves enquanto ele estava preso, incluindo vários assassinatos, Russell foi libertado mais cedo da prisão.
Além disso, ele não estava sujeito a nenhuma ordem que o proibisse de ter contato com outros membros de sua fraternidade neonazista.
É igualmente notável que uma apreensão federal de uma conspiração de terror doméstico envolvendo membros líderes de um grupo – que claramente representam uma enorme ameaça à segurança pública – tenha sido basicamente completamente ignorada pela grande mídia e pelos políticos dos Estados Unidos.
Afinal, o governo do presidente Joe Biden promoveu agressivamente a ameaça do extremismo de extrema direita com motivação racial.
As autoridades chegaram ao ponto de realizar caças às bruxas secretas nas mídias sociais visando os conservadores brancos para identificar - ou talvez fabricar - evidências desse perigo.
O que explica a conspiração de silêncio em torno da acusação de Clendaniel e Russell?
O incidente deve fornecer amplo material para a Casa Branca, especialistas liberais e repórteres.
A resposta pode estar nas conexões internacionais da Atomwaffen – ou seja, com o notório e brutal Batalhão Azov da Ucrânia – e nas inevitáveis consequências do treinamento, financiamento e patrocínio ocidentais de elementos de extrema-direita naquele país do Leste Europeu por tantos anos.
Um segredo obscuro, mas aberto.
Uma investigação em 2020 do Centro de Combate ao Terrorismo da Academia Militar de West Point descobriu que a Ucrânia há muito tempo mantém;
"uma atração particular para supremacistas brancos - ideólogos, ativistas e aventureiros".
A abundância de grupos nacionalistas envolvidos no golpe de Maidan liderado pelos Estados Unidos em 2014 foi;
“eletrizante para indivíduos e grupos de extrema-direita na Europa, nos EUA e em outros lugares”
Registra a investigação.
Os neonazistas de todo o mundo começaram a inundar a Ucrânia, que eles consideravam um novo estado fascista em formação.
De particular atração foi o Batalhão Azov, que;
“desfrutou do apoio do governo do então presidente Petro Poroshenko e dos serviços de segurança, apesar dos abusos de direitos humanos bem documentados”.
Isso marcou a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial em qualquer lugar da Europa que uma facção neonazista;
“celebrada, organizada abertamente, com amigos em altos cargos”
Recebeu reconhecimento e patrocínio do estado.
Muitos dos neonazistas que chegaram a Kiev juntaram-se ao próprio Batalhão ou receberam orientação e treinamento de seus combatentes.
Entre eles estavam representantes da Atomwaffen, e a relação entre os dois grupos terroristas se fortaleceu e se formalizou nos anos seguintes.
Sua divisão europeia participou dos campos de treinamento de Azov na Ucrânia, assim como vários de seus membros baseados nos Estados Unidos, que foram posteriormente presos por planejar ataques violentos e campanhas de intimidação contra jornalistas.
Enquanto a grande mídia por muitos anos – pós-Maidan – reconheceu e condenou abertamente a natureza fascista de Azov, a cobertura desses grupos praticamente desapareceu.
Desde que a ofensiva militar russa começou, no ano passado, essa realidade indiscutível foi ignorada ou ativamente encoberto.
Houve uma mudança semelhante nas atitudes políticas para o Batalhão Azov.
Uma vez proibido por lei de receber qualquer assistência do governo dos Estados Unidos, agora seus membros são aclamados como heroicos combatentes da liberdade e convidados a Washington para dar palestras inspiradoras.
Há mais questões neonazistas no horizonte?
A falta de interesse da mídia em relatar os laços entre o fundador da Atomwaffen, Russell, e o Batalhão Azov é certamente preocupante, mas pode ser facilmente atribuída à cobertura da administração de Biden e seu apoio ao regime de Kiev.
Afinal, seria difícil manter o apoio público a um grupo extremista que ameaça seus próprios cidadãos e que considera insuficientemente anti-russos, se o público fosse totalmente informado.
No entanto, há outras questões a considerar – que podem ser igualmente significativas – ligadas ao treinamento de neonazistas por Azov.
Em julho de 2022, a Europol previu um;
“aumento de armas de fogo e munições traficadas para a União Europeia por meio de rotas de contrabando estabelecidas ou plataformas online”
Decorrente da guerra e alertou:
“essa ameaça pode ser ainda maior quando o conflito terminar”.
Desde então, houve vários relatos de armas enviadas a Kiev circulando em mercados negros de armas e sendo usadas por elementos criminosos.
A enorme quantidade de armas enviadas para a Ucrânia – muitas delas desaparecidas – juntamente com o influxo de elementos extremistas que se juntam ou treinam com o Batalhão Azov devem levantar bandeiras vermelhas para os Estados Unidos e os países da União Europeia.
A trama do Atomwaffen em Baltimore pode ser apenas o começo.
