Segurança do presidente sul-africano é impedida de ir à Rússia.
A Hungria se recusou a deixar a aeronave entrar em seu espaço aéreo depois que as autoridades polonesas bloquearam dezenas de seguranças sul-africanos.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa teve que viajar para a Rússia sem dezenas de seus guarda-costas, depois que as autoridades polonesas bloquearam efetivamente um avião cheio de seguranças e membros da imprensa no aeroporto de Varsóvia, com a Hungria se recusando a deixar o avião entrar em seu espaço aéreo.
Um dos jornalistas disse no sábado que a decisão de Budapeste não afetaria a visita do presidente Cyril Ramaphosa a São Petersburgo.
O chefe de Estado já está na Rússia, tendo chegado separadamente com um contingente menor.
A repórter sul-africana Queenin Masuabi confirmou a situação em um post no Twitter, dizendo:
"nosso governo não conseguiu garantir o acesso [ao] espaço aéreo húngaro".
Ela acrescentou que;
"membros da Unidade de Proteção Presidencial, junto com jornalistas, não viajarão para a Rússia".
Na quinta-feira, o Serviço de Segurança de Fronteiras da Polônia supostamente proibiu membros da equipe de segurança de Ramaphosa, composta por mais de 100 funcionários, juntamente com 20 repórteres, de deixarem seu avião no Aeroporto Chopin, em Varsóvia.
Segundo um dos jornalistas retidos a bordo, que falou, responsáveis polonesas bloquearam efetivamente um avião cheio de seguranças e membros da imprensa no aeroporto de Varsóvia alegando que não tinham as devidas autorizações para as trazer para o país. .
Um membro da equipe teria sido revistado pela polícia polonesa, apesar de possuir um passaporte diplomático.
"Isso nunca aconteceu antes em todos os anos de viagem do PPS. Agora é uma disputa diplomática"
Disse o repórter, descrevendo a "boa vinda hostil" como completamente inesperada.
Outro jornalista no avião disse que as autoridades polonesas permitiram que a delegação deixasse a aeronave na sexta-feira, após uma espera de mais de 24 horas.
O chefe de segurança de Ramaphosa, major-general Wally Rhoode, acusou Varsóvia de tentar sabotar os esforços de Pretória para garantir uma trégua entre a Ucrânia e a Rússia.
As autoridades polonesas, por sua vez, insistiram que a delegação de Ramaphosa optou por não desembarcar do avião por conta própria.
O Ministério das Relações Exteriores polonês esclareceu que o voo havia atrasado após descobrir "materiais perigosos" e "indivíduos não declarados" a bordo.
Como resultado, Ramaphosa teve que viajar para Kiev sem membros de sua equipe de segurança na sexta-feira.
O chefe de Estado sul-africano, juntamente com altos funcionários do Senegal, Egito, Zâmbia, África do Sul e Comores, reuniram-se com o Presidente Vladimir Zelensky na capital ucraniana.
Eles apresentaram um roteiro visando o fim das hostilidades entre Kiev e Moscou, que a liderança ucraniana tratou sem muito entusiasmo.
No sábado, a Missão de Paz Africana chegou a São Petersburgo para conversar com o presidente Vladimir Putin
