O mercado imobiliário dos Estados Unidos poderá voltar a entrar em colapso este ano, previu o economista Desmond Lachman em entrevista ao Nikkei Asia.
Ajustados pela inflação, os preços das casas nos Estados Unidos estão agora mais altos do que há 15 anos, antes da última crise imobiliária, acrescentou.
A crise da pandemia e a recusa de maioria dos trabalhadores americanos em não querer voltar para seus empregos poderá agravar o pagamento das hipotecas dos imóveis.
Está fazendo com que a bolha imobiliária nos Estados Unidos que está prestes a estourar, alerta economista.
Lachman, membro sênior do American Enterprise Institute e ex-vice-diretor do Fundo Monetário Internacional, explicou que no ano passado o governo dos Estados Unidos estava comprando grandes quantidades de títulos, o que criou uma bolha no preço das ações e levou a;
“valorizações de ações em níveis apenas visto uma vez antes nos últimos cem anos.”
De acordo com Lachman, o gatilho para o colapso do mercado imobiliário seria um aumento nas taxas de juros, que deve ser introduzido pelo Federal Reserve dos Estados Unidos em Março, na tentativa de conter a inflação crescente.
“Essas bolhas nos mercados de ações e imobiliário, elas foram baseadas na suposição de que as taxas de juros permaneceriam baixas para sempre. Então, assim que o Fed começar a aumentar as taxas de juros de forma agressiva, existe o risco real de que ele estoure as bolhas dos preços dos ativos e isso possa, então, nos levar a uma recessão ”,
Disse Lachman.
Da última vez que a bolha imobiliária estourou nos Estados Unidos em 2008, o país mergulhou na chamada Grande Recessão.
O mercado de ações e o crash imobiliário foram causados pelo crescimento sem precedentes do mercado de hipotecas subprime, já que os credores Fannie Mae e Freddie Mac tornaram os empréstimos à habitação acessíveis a mutuários com baixa pontuação de crédito.
No Outono de 2008, um grande número de mutuários estava inadimplente em hipotecas subprime, causando turbulência nos mercados financeiros, o colapso do mercado de ações e a Grande Recessão.
