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7/22/2022

SCARFACE, GANGSTER AMERICANO:

O infame chefão da máfia Alfonse "Scarface" Capone, o Al Capone, não chegou ao fim do ensino médio, mas estava longe de ser burro.

Aos 26 anos de idade Al Capone já controlava, com mão de ferro, o submundo de Chicago. 

Uma estranha mistura de;


1) Charme 

2) Brutalidade
 
Deu a Capone o status de celebridade mundial. 

Em 1930 ele era o inimigo público número 1 de Chicago.

Na década de 1920 Chicago mantinha resquícios do Velho Oeste.

Era comum membros de uma quadrilha atirarem de dentro de seus carros para matar bandidos rivais.

Uma observação, não parece com alguma região que conhecemos no Brasil.

Cidadão sem relação com o crime ficavam ameaçados, às vezes pegos no meio do tiroteio. 

Um procurador do Estado, William McSwiggan, foi morto perto de um bar de Capone, em 1926.

Assassinatos marcaram o domínio de Capone sobre Chicago. 

Um ano antes de Capone tomar o poder, em 1925, houve 16 assassinatos ligados a atividades do crime organizado. 

No auge da era Capone, os assassinatos atribuídos às quadrilhas chegaram a 64.

Capone nasceu em Nova York, mas rumou para Oeste.

Em 1920 começou sua carreira em Chicago, como;

1) Leão-de-chácara, segurança, sob as asas do chefão Johnny Torrio, 

2) Subindo na estrutura do crime organizado.

Depois de quase morrer num atentado, Torrio se aposentou, criando um vácuo de poder em Chicago. 

A ausência de um chefão tradicionalmente leva a um banho de sangue, com várias facções tentando tomar o máximo possível de território.

Graças a sua propensão a tirar vidas Capone subiu ao topo, passando;

1) Organizar e controlar muito do jogo, 

2)  Prostituição, 

3) Contrabando de bebidas 

4) Extorsões em Chicago.

Ele fez um monte de dinheiro com seus negócios. 

Em 1927, faturou US$ 100 milhões. 

Atualizado, o valor superaria US$ 1,2 bilhões. 

Não há como saber quantas pessoas morreram assassinadas diretamente por ele ou por seus capangas, mas ele nunca foi condenado pelas mortes. 

Depois de anos tentando montar um caso contra Al Capone, os promotores federais conseguiram que ele fosse condenado apenas por sonegação de impostos.

Quer saber por quê?

Apesar ou talvez por causa, de seus métodos doentios, Al Capone foi um homem de negócios perspicaz. 

Durante uma greve no jornal, o Chicago Tribune pediu a Capone para arbitrar a disputa trabalhista. 

Quando finalmente Capone foi condenado por um crime grave, os assassinatos e outras atividades ilegais que compunha seus negócios ficaram totalmente livres de acusações.

Por que afinal não foi possível condená-lo por algo mais?

A resposta curta é que Capone era cauteloso.

O Tesouro americano descreveu-o como tendo uma "natural discrição italiana".

Ele conseguiu criar uma incerteza, afastando-se da;

1) Violência 

3) Ilegalidade 

Tudo isso o suficiente para evitar que se pudesse fazer qualquer conexão entre ele e os crimes que autorizava.

O Massacre do Dia de São Valentino é um bom exemplo. 

Sete membros da quadrilha de Bugs Moran, rival de Capone, foram mortos. 

Eles levaram tiros pelas costas, pensando ter sido presos por policiais, que na verdade eram capangas de Capone disfarçados. 

Enquanto isso, Capone estava na Flórida, em sua casa de praia.

Ainda por cima, Capone tinha um atestado médico para comprovar que estava de cama no momento do crime.

Capone era cuidadoso também para esconder o que ganhava com atividades ilegais. 

Em toda sua vida, endossou apenas um cheque, e nunca teve conta bancária em seu nome. 

Exceto por aquele cheque de dinheiro ganho num esquema de jogo, Capone só usava dinheiro vivo.

Ele ficava ainda mais protegido por falta de testemunhas.

Era muito difícil achar quem prestasse depoimento contra ele.

 Claro que havia muita gente que sabia de seu envolvimento direto com crimes.

Mas os que eram próximos a Capone lhe deviam lealdade tinham medo de morrer. 

E cidadãos comuns, policiais e promotores públicos pensavam de forma parecida.

Capone não economizava;

1) Suborno 

2) Ameaças.

Em 1927, Capone distribuiu valor estimado em US$ 30 milhões para;

1) Políticos,

2) Promotores, 

3) Policiais 

4) Funcionários de Chicago.

Capone foi pego algumas vezes. 

Ficou preso nove meses por posse ilegal de armas, em 1929. 

Em 1931 foi acusado de desacato por não ter ido ao tribunal em Chicago para depor sobre o Massacre do Dia de São Valentino.

A cela de Al Capone na Filadélfia.


A citação por desacato, feita por um tribunal federal, levou o FBI a se envolver na investigação das atividades de Capone.

Foram anos de intenso escrutínio, em que as autoridades criaram,

1) Uma trilha com documentos 

2) Procuraram testemunhas que pudessem depor sobre os crimes de Capone.

O FBI trabalhou junto com;


1) Departamento do Tesouro 

2) Receita Federal dos EUA (IRS) 

Em busca de dinheiro sujo de Capone. 

Acabaram conseguindo o suficiente para condená-lo. 

O cheque endossado por ele, junto com o depoimento das poucas testemunhas que os agentes federais convenceram a ir ao tribunal.

Tudo isso bastou para derrubar Capone.

Ele acabou condenado por,sonegação, porque não pagou impostos sobre sua fortuna criminosa.

A sentença foi de 10 anos de prisão numa penitenciária federal, além de um ano adicional a ser cumprido em Chicago.

O juiz impôs também multa de US$ 80.000,00;

1) Impostos atrasados 

2) Custas do processo.

Capone ficou apenas 7 anos na prisão, mas a punição teve o mesmo efeito que uma prisão perpétua. 

Ele contraiu sífilis na cadeia, e a doença provocou danos cerebrais e insanidade. 

Um ano antes de sua morte, em 1946, a capacidade intelectual de Capone estava reduzida à de uma criança de 12 anos.

Houve outro efeito, inesperado, provodado pela prisão de Capone:

1) Criminosos 

2) Cidadãos honrados

Passaram a pagar impostos atrasados.

Em 1931, ano da condenação de Capone, a Receita recebeu formulários para pagamento de mais de US$ 1 milhão em impostos que não tinham sido declarados. 

Isso é mais que o dobro que o total do ano anterior.

Que observamos aqui nesses fatos relatados uma semelhança com que vivemos hoje no Brasil em algumas regiões, se comparar Chicago da década de 1920 e 1930, com que acontece no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e outras regiões, podemos notar semelhança.

Problemas iguais, meios e métodos parecido, locais dominados pelo crime organizado.

Só que semelhança acaba por aí, já que lá polícia estadunidenses conseguiu com muita persistência e inteligência acaba com parte da criminalidade.

Bem diferente do Brasil.


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