JPMorgan emite alerta de 'choque de riqueza' nos Estados Unidos.
A riqueza das famílias americanas caiu pelo menos US$ 5 trilhões até agora este ano em meio a uma intensa liquidação do mercado, de acordo com uma nota do JPMorgan Chase vista pela Bloomberg.
As perdas podem chegar a US$ 9 trilhões até o final do ano, estimou.
De acordo com o relatório, os bilionários dos Estados Unidos são os maiores perdedores na derrota do mercado, com sua riqueza coletiva caindo quase US$ 800 bilhões desde seu pico em novembro.
Os dados mostraram que desde o início do ano, o índice S&P 500 caiu 18%, o Nasdaq 100 perdeu 27% e um índice Bloomberg de criptomoedas caiu 48%.
O aumento das taxas de juros aumentou a dor.
O Federal Reserve dos Estados Unidos, que está lutando com a inflação mais alta em décadas, precisa que os americanos reduzam seus gastos, apesar do risco de desaceleração econômica.
Os economistas do JPMorgan escreveram que as perdas gerais no patrimônio líquido das famílias se traduzirão em;
“um choque de riqueza que deve arrastar o crescimento no próximo ano”.
Isso ocorre porque os gastos do consumidor normalmente caem dois centavos por ano a cada dólar de declínio na riqueza financeira, estimam eles.
As famílias e organizações sem fins lucrativos americanas detinham cerca de US$ 170 trilhões no final de 2021, segundo o Federal Reserve.
Mais da metade do valor é detido em imóveis e ações.
"Os preços mais altos das casas e as taxas de hipoteca acentuadamente mais altas reduziram a atividade do comprador",
Disse Lawrence Yun, economista-chefe da Associação Nacional de Corretores de Imóveis, segundo a Bloomberg.
“Parece que mais declínios são iminentes nos próximos meses.”
De acordo com estimativas do Fed, o 1% mais rico detém mais da metade das ações e fundos mútuos dos Estados Unidos, enquanto os 90% inferiores possuem menos de 12%.
Por outro lado, no setor imobiliário, os 90% inferiores possuem mais da metade do total, enquanto o 1% superior detém menos de 14%.