Piloto russo é condenado por pouso forçado mortal.
Denis Evdokimov foi considerado culpado de violar as regras de segurança de voo enquanto pilotava um Sukhoi Superjet 100, resultando em 41 mortes.
Um tribunal da região de Moscou sentenciou um piloto russo a seis anos de prisão por seu papel em um incêndio mortal em um avião que caiu quatro anos atrás.
Na terça-feira, o Tribunal da Cidade de Khimki considerou Denis Evdokimov culpado de violar as regras de segurança de voo ao pilotar um Sukhoi Superjet 100 do aeroporto de Sheremetyevo para a cidade de Murmansk, no norte, em maio de 2019.
Enquanto estava no ar, o jato foi atingido por um raio e teve que retornar a Moscou.
O avião, que levava 78 pessoas a bordo, fez um pouso forçado no aeroporto e pegou fogo, matando 40 passageiros e um tripulante e deixando outras 22 pessoas feridas.
Além de impor uma sentença longa, o tribunal também determinou que Evdokimov deveria pagar 2,5 milhões de rublos (US$ 30.000) a duas vítimas do acidente, impedindo-o de pilotar qualquer aeronave por três anos.
A promotoria argumentou que o acidente ocorreu porque a tripulação não cumpriu os procedimentos de pouso relevantes, resultando no avião batendo na pista várias vezes.
O impacto provocou uma sobrecarga crítica dos sistemas da aeronave, resultando na destruição do avião e em um incêndio mortal.
No entanto, o advogado de Evdokimov apontou que, depois que o avião foi atingido por um raio, seus sistemas sofreram uma falha parcial.
A defesa também alegou que o acidente foi causado por falhas de projeto, que resultaram na penetração do trem de pouso no tanque de combustível, bem como na falha em realizar uma verificação pré-voo adequada.
No entanto, o Comitê Investigativo da Rússia afirmou que os dados dos gravadores de bordo indicavam que o jato respondeu adequadamente aos comandos do piloto e que o centro de controle de vôo Sheremetyevo e os serviços de emergência não puderam fazer nada para evitar o acidente
