Ex-soldado dos Estados Unidos condenado a 45 anos por conspiração terrorista.
O ex-soldado de infantaria aerotransportada se declarou culpado de tentar matar membros de sua unidade em um ataque “jihadista”
Um juiz federal de Nova York condenou um ex-soldado do Exército dos Estados Unidos a 45 anos de prisão por planejar um ataque terrorista contra sua unidade de infantaria aerotransportada enquanto ela estava em Turquia.
Ethan Phelan Melzer, também conhecido como Etil Reggad, foi condenado na sexta-feira após se declarar culpado de tentativa de assassinato de militares americanos, fornecimento de material de apoio a terroristas e divulgação ilegal de informações de defesa nacional.
O nativo de Louisville, Kentucky, de 24 anos, compartilhou informações confidenciais sobre sua unidade com um membro da Al-Qaeda e um grupo neonazista chamado Order of the Nine Angeles (O9A), disseram os promotores .
“Melzer traiu seus colegas soldados e seu país”
Disse Robert Wells, diretor assistente da divisão de contraterrorismo do FBI.
“Os americanos que servem seu país no exterior nunca deveriam ter que temer um ataque terrorista de dentro de suas próprias fileiras, e a sentença de hoje o responsabiliza por seu plano mortal de atacar os bravos homens e mulheres das forças armadas que protegem nossa nação.”
Os promotores disseram que Melzer se infiltrou no Exército dos Estados Unidos a serviço da O9A, com sede no Reino Unido, e pretendia emboscar seus colegas soldados em um "ataque jihadista" cuidadosamente planejado.
A O9A incentiva seus seguidores a se juntarem aos militares ocidentais para ajudar a destruí-los e admira jihadistas islâmicos como o ex-líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.
Melzer ingressou no Exército dos Estados Unidos por volta de 2018 e foi enviado para a Itália em outubro de 2019.
Ele foi informado por volta de maio de 2020 que estava sendo transferido para uma unidade que iria para Turquia para ajudar a proteger uma instalação militar isolada e sensível, disseram os promotores.
Como parte de seu treinamento durante a preparação para sua nova implantação, ele aprendeu detalhes sobre o propósito, layout e segurança da base turca.
Ao saber da importância da missão de sua unidade, Melzer supostamente começou a usar mensagens criptografadas para compartilhar informações com jihadistas e membros da O9A, especialmente um subgrupo chamado 'Divisão RapeWaffen'.
Ele defendeu um ataque que “essencialmente paralisaria” as equipes de bombeiros de sua unidade, disseram os promotores, e prometeu fornecer fotos em tempo real da base e a frequência e o canal das comunicações de rádio do Exército dos Estados Unidos
“Melzer procurou traiçoeiramente atacar os próprios soldados que ele foi encarregado de proteger”
Disse o procurador dos Estados Unidos, Damian Williams.
Ele acrescentou que a sentença de sexta-feira deixa claro que as autoridades dos Estados Unidos;
“trabalharão incansavelmente para levar traidores como Melzer à justiça e proteger a segurança e a integridade de nossas forças armadas”.
