9/10/2022

O MITO E MISTÉRIOS DE SHERLOCK HOMES?


Sherlock Holmes e o mistério da “criatura” que sobrepujou o criador;

O detetive inglês que conquistou o mundo.

Existem obras que se tornam propriedade cultural e sua admiração é tamanha que, em algum momento, seus donos perdem o poder sobre elas.

Desde a sua primeira aparição em; 

" Um Estudo em Vermelho" , o personagem Sherlock Holmes é objeto de admiração do público. 

Criado por Arthur Conan Doyle em 1887, o inglês astuto, investigador particular que tem suas aventuras narrada pelo fiel escudeiro Dr. Watson, tem tanto carinho e atenção de seus fãs que muitas vezes é questionado se realmente se trata apenas de um personagem ou se algum dia realmente existiu.

Conheça quem era Sherlock Homes na vida real.

O personagem tem inspiração no professor Dr. Joseph Bell (1837 -1911), que lecionou a Doyle nos anos acadêmicos e o impressionou com seu:

1) Raciocínio dedutivo 

2) Seus hábitos peculiares.

As aventuras vividas por Holmes ao lado de Watson conseguiram se propagar de tal maneira ao longo dos anos que mesmo hoje, 130 anos depois da primeira publicação, as histórias de Doyle rendem curiosidade em meio ao seu público e adaptações no mundo dos livros, séries e filmes. 

Essas adaptações acabam por ter tratamentos peculiares que acabam sendo características únicas das mídias em que estão expostas. 

Por isso decidi analisar todos os “Holmes” em seus devidos ambientes.

Sherlock Holmes nos livros:

O que pode ser dito quanto às adaptações do personagem é que nunca o veremos sem qualquer perspectiva do ponto de vista de terceiros. 

No livro somos apresentados a Holmes pelo ponto de vista de Watson, talvez seja isso que engrandeça o personagem. 

Afinal, seria cansativo uma narração em primeira pessoa, já que o ego do personagem poderia tornar a história um tanto irritante.

O fato de Holmes estar constantemente investigando casos e Watson investigando Holmes dá ao leitor material para desenvolver constante interesse pelas tramas abordadas por Doyle. 

O autor também usa da “construção do impossível”, onde insere os seus personagens em situações que nos motivam a continuar lendo por achar que são insolucionáveis, o que proporciona uma satisfação muitas vezes maior por obtermos um resultado acima do esperado.

Nos livros, Sherlock Holmes é alguém muito acima da média e à frente de seu tempo. 

Os relatos de Watson dão a entender que Holmes seria um homem de meia idade experiente analisa os fatos friamente, e deixa que as coisas aconteçam, não por pretensão, egoísmo ou narcisismo, apenas por entender qual serão o curso das coisas.

O tom dos livros é mais brando e detalhista, onde o autor cresce dentro do enredo, fazendo com que o leitor entenda toda a situação para posteriormente apresentar o desfecho final.

Sherlock Holmes no cinema e na TV:

O cinema é apaixonado por Sherlock Holmes , o qual vem participando de produções desde 1900, quando fez sua primeira aparição em “Baffled”, um ladrão “mágico” .

Depois disso o personagem se tornou figura característica em meio ao universo. 

Até mesmo inspirando a criação de outros personagens:

1) Inspetor Bugiganga, minha infância.

Sherlock é tão característico e amado pelo meio cinematográfico que conseguiu seu lugar no Guinness World Records como o “personagem de filmes mais retratado da história”.

Podemos observar também que personagens como Dr. House da série House são figuras visivelmente inspiradas pelo morador da “221B Baker Street”. 

Em meio a tantas adaptações cabe ressaltar a recente reentrada do personagem nas telonas e nas telinas:

Sherlock Holmes (2010):

Robert Downey Jr ou melhor “Sherlock Downey Jr”. 

Afinal de contas, a personalidade do ator e as características do personagem se confundem em meio ao tom da produção. 

Após o sucesso de Homem de Ferro, o ator se transformou em uma máquina de reviver personagens desacreditados, dando a eles um toque mais pessoal.

A Warner achou isso muito interessante e rentável, pondo o competente ator Jude Law na pele de Watson para servir de contraponto a Downey Jr, como se o roteiro imitasse a vida real.

A produção decidiu optar por um desenvolvimento voltado para a ação e um enredo aventuresco, com um fundo de mistério. 

O filme chega explorando a solução do impossível e vendendo as peculiaridades de Holmes com um tom muito maior de narcisismo e egocentrismo, características marcantes de Downey Jr. 

O longa acerta no elenco, na produção e na aventura, mas erra no desenvolvimento e no roteiro, que se torna truncado, tentando vender destreza. 

No entanto, é agradável e isso é constatado já que rendeu uma sequência, Sherlock Holmes:

O Jogo das Sombras (2011), e atualmente se encontra em negociação para a realização de um terceiro filme (tudo dependerá de quanto o “Homem de Ferro” irá cobrar para aparecer).

Série Sherlock (2010):

A série produzida pela BBC, e protagonizada por Benedict Cumberbatch como Holmes e Martin Freeman como Watson, conta as histórias de Sherlock como se ele vivesse nos tempos atuais.

Inicialmente planejada como um projeto com uma temporada única de três episódios (com 1 hora de duração), a produção ganhou o carinho dos fãs e rendeu quatro temporadas e um especial de natal.

Cumberbatch e Freeman são perfeitos em cena.

Os atores conseguem encarar seus personagens da melhor maneira e vendem a relação de ambos da mesma forma. 

Cumberbatch consegue ser um excêntrico Sherlock, que a todo momento desperta a curiosidade do público para que tente entender como funciona sua mente, levando as questões lógicas a questionamentos sobrenaturais de sua capacidade de dedução.

A inclusão de artigos modernos dentro da estética da série apenas acrescentam valor à trama. 

Os telefones, televisores e computadores são muito bem utilizados ao longo da produção. 

Tanto que o episódio de Natal, que se passa no mesmo período dos livros, acabou por não ter sido tão adorado pelos fãs.

A série foi responsável por trazer vitalidade ao personagem e o reviver em um período de produções questionáveis.

Embora o Holmes de Cumberbatch tenha um tom psicótico e psicopático, o ator consegue ser carismático e interessante para o desenvolvimento da trama durante todo o processo.

A produção conseguiu ser tão amada entre o meio que em 2012 rendeu sua versão americana, Elementary , que tem uma abordagem mais procedural e inova trazendo um “Watson” em sua versão feminina, interpretado por Lucy Liu.

Cabe aqui também citar dados importantes, embora a peculiaridade de Benedict Cumberbatch e Robert Downey Jr , o ator Basil Rathbone, que fez filmes de 1939 a 1946, ainda é considerado o melhor Sherlock Holmes dos últimos tempos.

O personagem já foi adaptado para a TV, anteriormente vivido por Jeremy Brett (de 1984 a 1994). Holmes também já visitou o Brasil no livro O Xangô de Baker Street escrito por Jô Soares e adaptado para o cinema em 2001.

Tanto no cinema, quanto nos livros e nas séries algumas características imperam sob a personalidade de Sherlock. 

Seus hábitos boêmios, uso do cachimbo, confiança, alta atividade intelectual ou até mesmo o uso de drogas estimulantes (cocaína e morfina). 

Os conhecimentos profundos de química, anatomia e o fato de ser habilidoso em boxe, esgrima e bastão também fazem uma boa referência.

Embora não tenha sido o primeiro a escrever romances sobre investigação ou detetives, Doyle conseguiu dar a seu personagem característica que fizeram o público se apaixonar e se envolver. 

Sem saber que isso o tornaria escravo de Holmes, Doyle acabou sendo constantemente cobrado pelo público, carente de novas histórias (o autor até mesmo tentou matar o personagem, mas isso não deu muito certo).

Suas histórias se mostram atemporais, o que as tornam ferramentas para adaptações e revisitas constantes.

Em meio a isso, os conservadores se voltam para seus livros, republicados em várias versões, sendo que boa parte acaba abraçando as novas ideias de coração aberto.

Sherlock Holmes existe para todos e em meio a geração do “mimimi” consegue agradar gregos e troianos.

Fonte; www.trecobox.com.br


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