PARA SER UM BOM DETETIVE É PRECISO TER UM BOM CONHECIMENTO NATURAL ADQURIDO.
“PERSPICÁCIA” – Parte 1
LUIZ GOMES
A profissão de detetive particular é uma das poucas profissões existente hoje que menos exigência tem para o seu exercício profissional.
Contudo, algumas exigências naturais são fatores determinantes para o sucesso deste profissional no mercado de trabalho.
Recentemente, discutiu-se em âmbito nacional sobre a importância do detetive particular ter uma formação específica e graduada para exercer a sua atividade de investigação.
Dentre a principal exigência seria um curso de nível técnico com carga horária de no mínimo 600 horas ( Art. 3º da Lei 13.432/17 ).
Felizmente, essa exigência foi vetada!
Outros especialistas no assunto afirmam que deveria ser exigido daqueles que querem exercer a profissão de detetive particular um curso equivalente ao nível superior.
Segundo esses especialistas essa seria a única forma do detetive particular apresentar um trabalho de qualidade junto aos seus clientes.
Não podemos negar que quanto maior o conhecimento seja ele didático ou intelectual melhor será o desempenho do profissional, no entanto, o que esses especialistas esquecem é que o trabalho do detetive particular é pautado 80% no trabalho de campo onde esse profissional realiza a maior parte do seu trabalho investigativo, fazendo:
1) Sindicâncias,
2) Executando campanas,
3) Monitorando alvos suspeitos,
4) Seguindo pessoas,
5) Filmando
6) Fotografando fatos e acontecimentos.
E é exatamente no trabalho de campo que o detetive particular deverá aplicar o seu conhecimento natural adquirido.
Conhecimento esse que não se encontra em nenhuma matéria de curso:
1) Técnico
2) Nível superior.
Podemos considerar vários tipos de conhecimentos naturais adquiridos, mas neste post eu quero falar sobre um conhecimento natural específico:
A PERSPICÁCIA .
A perspicácia está relacionada com;
1) Intuição
2) Capacidade espontânea.
Um sujeito pode saber muito de um assunto até se tornar um verdadeiro especialista graças ao estudo e à leitura, sem que isso signifique que se trata de um indivíduo perspicaz.
No entanto, outra pessoa qualquer talvez consiga aceder ao mesmo conhecimento sem formação prévia, graças precisamente à sua PERSPICÁCIA .
É evidente que a PERSPICÁCIA , por si só, não consegue converter ninguém em:
1) Perito
2) Profissional.
No entanto, a vida quotidiana e certas tarefas não requerem de estudos formais para o cumprimento dos objetivos, mas um saber intuitivo que pode ser acessível quando alguém é perspicaz.
Exemplo disso está no diferencial entre o trabalho do:
1) Detetive particular,
2) Detetive policial, diga-se, polícia judiciária.
O diferencial do trabalho do detetive particular para o trabalho do detetive policial está exatamente no trabalho de campo.
Enquanto o detetive policial na maior parte do tempo aplica a sua PERSPICÁCIA no seu trabalho investigativo dentro da delegacia:
1) Intimando
2) Ouvindo pessoas,
3) Só saindo em campo quando necessário para realizar diligências
4) Cumprir mandados de prisão.
O detetive particular trabalha exatamente de forma contrária.
É no campo que o detetive particular demonstra toda sua capacidade natural adquirida.
E não poderia ser diferente, uma vez que o detetive particular não tem os mesmos recursos e liberdade de ação de investigação que o detetive de polícia, o que lhe obriga então a aplicar tão somente a sua PERSPICÁCIA natural adquirida para solucionar os seus casos.
A PERSPICÁCIA está associada à capacidade de descobrir coisas que;
1) Estão ocultas
2) Compreender situações que, à primeira vista, parecem muito confusas.
E para quem tem a PERSPICÁCIA como arma dificilmente dependerá de outros recursos.
Então se você quiser ser um bom detetive e investigador deverá ser uma pessoa perspicaz.
No próximo post vamos falar sobre “Mente intuitiva”.
Fonte: www.meucarowatson.com