Bloco liderado pela Rússia comenta pedido de ajuda militar.
O envio de tropas para ajudar a resolver a crise entre a Armênia e o Azerbaijão está fora de questão por enquanto, diz o chefe de gabinete do CSTO.
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) liderada pela Rússia não enviará suas forças para a fronteira Armênia-Azerbaijão.
A notícia vem do chefe do Estado-Maior Conjunto do bloco, general Anatoly Sidorov, que conversou com jornalistas na quinta-feira.
“Não vamos nos antecipar”
Disse Sidorov quando perguntado se o CSTO está considerando enviar seus militares para ajudar a estabilizar a região, que recentemente viu mais uma escalada nas tensões.
“Em 13 de setembro, nossos chefes de Estado declararam unanimemente que esse problema que existe entre a República da Armênia e o Azerbaijão deve ser resolvido por métodos políticos e diplomáticos”
Disse o general, insistindo que o uso das forças militares da aliança não não será discutido em um futuro próximo.
Todas as decisões serão baseadas nos resultados da missão conjunta enviada pela organização à Armênia, acrescentou Sidorov.
As tensões entre Yerevan e Baku se espalharam no início desta semana, quando eles se acusaram de instigar a violência, depois que confrontos na fronteira entre os dois países resultaram na morte de dezenas de soldados de ambos os lados
O primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan pediu ajuda militar ao CSTO, alegando que as tropas do Azerbaijão tomaram partes do território soberano de seu país nos últimos dias. Baku propôs “unilateralmente” um “cessar-fogo humanitário”, afirmando que não está interessado em escalar ou desestabilizar ainda mais a situação.
O conflito em curso entre os dois países vizinhos decorre da região disputada de Nagorno-Karabakh, que é habitada principalmente por armênios étnicos. Yerevan apoia a tentativa de independência da região desde que tentou se separar do Azerbaijão no início dos anos 1990, enquanto Baku reivindica soberania sobre o território.
Em 2020, a Armênia e o Azerbaijão travaram uma guerra de 44 dias pela região, que terminou com uma trégua mediada pela Rússia