10/16/2022

ARMAS DOS ESTADOS UNIDOS DEVEM SER RETIRADAS DA ARÁBIA SAUDITA E ENVIADAS PARA UCRÂNIA.


Senadores dos Estados Unidos propõem punição para grande aliado.

O armamento americano que protege a infraestrutura petrolífera de Riad deve ser transferido para a Ucrânia, sugerem legisladores

As armas dos Estados Unidos devem ser retiradas da Arábia Saudita como punição pelos cortes na produção de petróleo, anunciados na semana passada pelo líder de fato da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disseram legisladores democratas.

“Por vários anos, os militares dos EUA implantaram baterias de defesa antimísseis Patriot na Arábia Saudita para ajudar a defender a infraestrutura petrolífera contra ataques de mísseis e drones. Esses sistemas avançados de defesa aérea e antimísseis devem ser redistribuídos para reforçar as defesas dos aliados da Otan no flanco leste, como Polônia e Romênia – ou transferidos para nossos parceiros ucranianos”

Disse o senador democrata de Connecticut, Chris Murphy, em comunicado na quinta-feira.


Murphy, que é membro do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, também apoiou os pedidos para;

“congelar a nova ajuda militar à Arábia Saudita”

E pediu a suspensão da venda planejada de mísseis ar-ar de médio alcance (AMRAAM). para Riad. 


O governo dos Estados Unidos autorizou os sauditas a comprar 180 mísseis AMRAAM por US$ 650 milhões no ano passado.

“As decisões políticas têm consequências, e essas medidas dimensionariam corretamente [o] relacionamento com a Arábia Saudita e ajudariam a Ucrânia”

Argumentou o senador

Washington vem instando Riad a aumentar a produção de petróleo há meses, argumentando que preços mais baixos prejudicariam a Rússia e tornariam mais difícil para Moscou financiar sua operação militar na Ucrânia. 

No entanto, o grupo Opep+, que inclui a Rússia, indignou os Estados Unidos na última quarta-feira ao anunciar um corte na produção de petróleo de dois milhões de barris por dia a partir de novembro.

A medida liderada por Riad, que tem sido o principal aliado dos Estados Unidos na região do Golfo por décadas, foi;


“um verdadeiro tapa na cara dele”

Disse Ro Khanna, um congressista democrata da Califórnia, ao jornal Guardian.

“Acredito que é um erro de cálculo total dos sauditas”

Disse ele, acrescentando que ainda há tempo para o país cair em si e reverter a decisão da Opep+.

“No mínimo, os mísseis Patriot serão suspensos”

Sugeriu Khanna, que é um crítico de longa data de Riad. 


O acordo, sob o qual o reino teria recebido 300 mísseis balísticos Patriot MIM-104E Enhanced Missile-Tactical Ballistic Missiles (GEM-T) por US$ 3 bilhões, foi aprovado por Washington em agosto.

O parlamentar rejeitou as explicações do Ministério das Relações Exteriores saudita, que disse no início desta semana que os cortes na produção de petróleo foram uma decisão unânime dos membros da Opep+, feita puramente por razões econômicas.

“A realidade é que não há justificativa econômica para o que eles estão fazendo. Isso foi punitivo para os americanos e está ajudando [o presidente da Rússia, Vladimir] Putin”

Insistiu Khanna.

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