3/02/2023

EMPRESA JAPONESA FURUKAWA PLANTAÇÕES CA É PROCESSADA POR ESCRAVIDÃO DE TRABALHADORES.


Empresa japonesa é processada por escravidão moderna.

O Equador indiciou três executivos da Furukawa por tráfico de pessoas para fins de exploração laboral.

Executivos de uma empresa japonesa de colheita de banana estão enfrentando uma ação legal no Equador por supostamente praticarem a escravidão moderna. 

Isso ocorre depois que a empresa foi condenada no mês passado a compensar ex-trabalhadores e suas famílias por gerações de exploração.  

Na segunda-feira, um tribunal equatoriano anunciou formalmente acusações de tráfico humano e exploração de mão de obra contra três altos funcionários da Furukawa Plantaciones CA, uma entidade japonesa que comercializa e exporta abacá, uma espécie de banana usada para fazer saquinhos de chá, cordas, papel e cédulas. 

Os três também estão sendo acusados ​​de violações trabalhistas de crianças e adolescentes. 


O processo marca a primeira vez que o país sul-americano indicia uma empresa e seus executivos por praticarem a escravidão moderna. 

A juíza que presidiu ao processo, Susana Sotomayor, sublinhou a importância das acusações, lembrando que vários ministérios tentaram intervir no processo antes de este ir a julgamento.  

“Eu me pergunto: qual era o envolvimento das instituições públicas antes do início do processo criminal?” 

Perguntou Sotomayor, afirmando que o governo do país deve proteger seus cidadãos. 


A questão do envolvimento potencial do governo no esquema de exploração do trabalho deve ser abordada em um julgamento separado

A Furukawa, que opera no Equador há quase 60 anos, ganhou destaque pela primeira vez em 2018, quando a ouvidoria equatoriana publicou um relatório acusando a empresa de oferecer condições de moradia “subumanas” a seus funcionários, empregar trabalho infantil e adolescente e desconsiderar direitos trabalhistas.

Também foi revelado que muitos trabalhadores das plantações tiveram que pagar do próprio bolso equipamentos como facões e luvas, além de remédios e assistência médica, enquanto mal ganhavam o suficiente para cobrir o custo da alimentação.  

No mês passado, um tribunal considerou que os trabalhadores de Furukawa, muitos dos quais são afro-equatorianos, sofreram discriminação racial e foram vítimas de servidão. 

A empresa foi condenada a pagar indenizações a 123 funcionários.  


A empresa, juntamente com vários ministérios do governo, também recebeu ordens de emitir um pedido de desculpas na mídia local e em seus sites, listando todos os 123 trabalhadores pelo nome.  

A Furukawa ainda não se pronunciou sobre o processo, mas Marcelo Almeida, ex-chefe da Furukawa no Equador, já havia afirmado que desconhecia qualquer violação nas plantações. 

Ele explicou que Furukawa havia alugado terras para contratar trabalhadores e que eram eles os responsáveis ​​pelas condições de vida dos trabalhadores.

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