Estados Unidos abrem prazo para atualização de armas nucleares.
O laboratório de Los Alamos não tem mais data definida para atingir sua meta de fabricação de plutônio.
A agência do governo responsável pelo estoque nuclear dos Estados Unidos cancelou um prazo anterior para aumentar a produção de uma peça-chave de armas atômicas no Laboratório Nacional de Los Alamos, dando credibilidade às preocupações sobre atrasos e excessos de custos expressos por alguns legisladores.
A Administração Nacional de Segurança Nuclear (NSAA), uma agência do Departamento de Energia, entregou seu mais recente Plano de Administração e Gerenciamento de Estoques ao Congresso na segunda-feira.
A Associated Press (AP) apontou a ausência de prazo para o aumento da produção de poços de plutônio – componentes básicos de armas termonucleares, na histórica instalação do Novo México.
O relatório do ano passado disse que Los Alamos estaria fabricando 30 poços por ano (ppy) até 2026.
A NSAA pretende produzir 80 poços de plutônio anualmente, com o Savannah River Site na Carolina do Sul programado para aumentar a produção para 50 ppy até 2030.
A agência precisa;
“avançar a ciência e amadurecer a engenharia”
Concluir atualizações contínuas de equipamentos;
“para otimizar o fluxo do processo de produção da mina”
E expandir a força de trabalho em Los Alamos para atingir a marca de 30 ppy, disse a última atualização
A Casa Branca está solicitando US$ 18,8 bilhões para atividades de armas nucleares, incluindo US$ 5,6 bilhões para modernização da produção, observou a AP.
Alguns legisladores questionaram a capacidade da agência de cumprir as restrições orçamentárias e de tempo.
“Não é razoável que o Congresso peça a você que nos diga quanto tempo um projeto vai levar e quanto vai custar em troca de gastarmos bilhões de dólares”
Disse a senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts, ao administrador da NNSA, subsecretário Jill Hruby, durante uma recente audiência no Congresso.
“Sugiro que é isso que a NNSA deve fazer antes de dar a eles outro centavo”
Acrescentou ela.
O Pentágono e o Departamento de Energia estão buscando um programa ambicioso para fortalecer o arsenal nuclear dos Estados Unidos, dizendo que o país precisa acompanhar os rivais Rússia e China.
A liderança russa disse que sua própria modernização e desenvolvimento da dissuasão nuclear são necessários devido às crescentes ameaças de guerra convencional impostas pela expansão da OTAN na Europa.