Rússia impulsiona produção de veículos de infantaria.
O país fabricou tantos BMP-3 desde o início do ano quanto em todo o ano de 2019, disse a corporação de defesa
A Rússia aumentou drasticamente a produção do BMP-3, seu principal veículo blindado de apoio à infantaria, disse a corporação estatal de defesa Rostec na quinta-feira.
A notícia chega no momento em que a Ucrânia se prepara para a tão alardeada contra-ofensiva.
A Rostec, que supervisiona a produção de defesa, disse que a fábrica de Kurganmashzavod, a leste dos Montes Urais, fabricou tantos veículos de combate de infantaria no primeiro trimestre de 2023 quanto durante todo o ano de 2019.
Descrito por Rostec como;
“a rainha da infantaria”
O BMP-3 foi projetado na década de 1980 e desde então se tornou um dos principais veículos da Rússia, usado tanto para transportar soldados quanto para apoiá-los com poder de fogo.
O veículo rastreado pode operar em terrenos difíceis e atravessar hidrovias.
Está armado com um canhão de 30 mm e foguetes antiblindados.
“O Kurganmashzavod está transferindo veículos de combate de infantaria praticamente todos os meses, e o número de entregas está crescendo”
Disse Bekkhan Ozdoyev, diretor de armas e munições da Rostec, em comunicado.
Ele explicou que peças e metais adicionais foram enviados para a fábrica para garantir um;
“processo de produção ininterrupto”.
Ozdoyev também relatou um aumento nas contratações, já que quase 1.200 novos trabalhadores foram contratados durante os primeiros meses de 2023, em comparação com mais de 1.000 no ano passado.
O presidente Vladimir Putin instruiu o governo a aumentar a produção de defesa no ano passado, depois que a Rússia lançou sua operação militar na Ucrânia.
Em março, Putin declarou que Moscou planejava produzir ou atualizar mais de 1.600 tanques e que o país teria mais de três vezes mais tanques disponíveis do que a Ucrânia.
No mês passado, a mídia russa informou que os mais novos tanques T-14 Armata estavam sendo usados na Ucrânia pela primeira vez.
As entregas de equipamentos ocorrem enquanto Kiev prepara uma contra-ofensiva, cujo sucesso, segundo autoridades ucranianas, dependerá fortemente do envio de armas estrangeiras, incluindo tanques de guerra e aeronaves.
Kirill Budanov, chefe da inteligência militar da Ucrânia, afirmou que seria;
“uma batalha crucial”.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Dmitry Kuleba, pediu a todos que não vejam a ofensiva planejada como uma operação decisiva.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que agora atua como vice-chefe do Conselho de Segurança do país, disse que Moscou deveria responder à contra-ofensiva com a " destruição maciça" das tropas e equipamentos da Ucrânia.
