Na última revelação das centenas de milhares de telegramas diplomáticos vazados fornecidos pelo site Wikileaks.
Uma troca diplomática entre o então Diretor de Inteligência Militar israelense, Major General Amos Yadlin, e o Embaixador dos Estados Unidos em Israel, Richard Jones, mostrou apoio israelense por uma Faixa de Gaza governada pelo Hamas, onde Israel poderia então declarar Gaza como uma;
“entidade hostil”.
O partido Hamas venceu as eleições parlamentares palestinianas em Janeiro de 2006, mas foi impedido de formar um governo conforme exigido pela constituição palestiniana.
Em Junho de 2007, após meses de tentativas de tomada de poder por parte do partido Fateh, apoiado pelos Estados Unidos, o partido Hamas conseguiu formar o seu governo em Gaza.
O telegrama em questão foi gravado poucas horas antes da formação do governo do Hamas em Gaza, em Junho de 2007.
Na transcrição, Yadlin disse ao Embaixador dos Estados Unidos que ficaria “muito feliz” se o Hamas formasse um governo em Gaza;
“desde que não tenha nenhum porto (aéreo ou marítimo)”.
Ele acrescentou que Israel trabalharia então com o partido político palestino rival, Fateh, para;
1) Formar um governo na Cisjordânia
2) Trabalharia para minar o governo do Hamas em Gaza, como instalação de assentamento judeus, impedindo fornecimento de água, alimentos e proibindo entrada de palestino em Jerusalém.
Foi exactamente isso que aconteceu, logo após a reunião entre Yadlin e o Embaixador Jones, quando o Hamas criou o seu governo em Gaza e Israel lançou um cerco massivo e o maior ataque de sempre a Gaza, no final de Dezembro de 2008.
Num outro telegrama que vazou, Yadlin conversou com o congressista dos Estados, Robert Wexler, em dezembro de 2008, dizendo que 'Abu Mazen' (Mahmoud Abbas) e (Salam) Fayyad estão controlando a Cisjordânia enquanto o Hamas estabeleceu uma entidade terrorista em Gaza.