Ligações Políticas de Executivos de Empresas com Think Tanks e Grupos de Lobby.

Contexto e Estratégias

Durante o período da Guerra Fria, empresas multinacionais americanas e europeias mantiveram conexões estreitas com think tanks e grupos de lobby influentes, como o Conselho de Relações Exteriores (CFR) e a Comissão Trilateral.

Esses grupos desempenharam um papel crucial na formulação e implementação da política externa dos Estados Unidos. 

A conexão entre o setor privado e o governo era uma ferramenta estratégica para alinhar interesses econômicos corporativos com os objetivos geopolíticos dos EUA, especialmente na América Latina, Ásia, oriente médio e África.

Grupos de Reflexão e Lobby

Conselho de Relações Exteriores (CFR):

• Fundado em 1921, o CFR é um dos principais think tanks dos EUA, composto por líderes empresariais, políticos, acadêmicos e figuras militares.
• O CFR influenciou diretamente a política externa americana, promovendo estratégias de suposta contenção ao comunismo e apoio a regimes autoritários, ditaduras pelo mundo que potencializavam investimentos corporativos para proteger seus interesses econômico. Nunca foi para combate comunista mas sim proteger interesse de suas empresas em setores chaves de cada país que dava hegemonia dos Estados Unidos e dos europeus.

Comissão Trilateral:

• Fundada em 1973 por David Rockefeller, uma comissão buscava promover a cooperação entre os EUA, Europa e Japão em questões econômicas e políticas.
• Empresários como membros da ITT Corporation e empresas petrolíferas tiveram assento nessa comissão, garantindo que seus interesses fossem representados nas decisões políticas, em golpes militares, destruição de economia mundial e sansões.

Ligações Diretas

• ITT Corporation : Executivos da ITT participaram do CFR e iniciaram o governo americano a intervir no Chile para proteger seus interesses contra a nacionalização promovida por Salvador Allende.
• ExxonMobil e Chevron (antigas Standard Oil): Participaram de reuniões regulares do CFR para moldar políticas de energia, especialmente em países ricos em recursos naturais como Venezuela e Brasil.
• Kennecott Copper e Anaconda Copper : Além de influenciarem diretamente as políticas de exportação de cobre, tiveram apoio de think tanks para legitimar narrativas contra governos socialistas na América Latina.

Estratégias de Manipulação de Massa

• Propaganda Anticomunista : Utilizando mídias financiadas, como jornais e estações de rádio, esses grupos promoveram a ideia de que governos progressistas eram ameaças ao "mundo livre", usavam como bode espiatorio o socialismo e comunismo em uma população que eram muitas vezes ignorantes, analfabetas e religiosas, utilizando desse recurso para criar pânico e crises internas em fake News e mentiras.
• Alinhamento com a Doutrina de Segurança Nacional : Apoiaram regimes militares na América Latina, oriente médio, Ásia e África, justificando intervenções com base na necessidade de conter a suposta influência soviética, mas que na verdade usavam o comunismo e socialismo como bode espiatorio para proteger interesse comercial de empresas americanas e europeus que eram fontes estratégia para os Estados Unidos e dos Europeus.
• Controle Econômico : Manipulação de preços de commodities e apoio a bloqueios econômicos contra governos que contrariam interesses corporativos dos americanos e europeus criou um estigmatismo que o comunismo e o socialismo não funcionava ou não deu certo.

Neutralizando Think Tanks e Grupos de Lobby

Para conter a influência desses grupos, governos e movimentos poderiam adotar estratégias como:

• Exposição Pública : Revelar as conexões entre esses grupos e práticas antiéticas, utilizando a mídia independente e investigações internacionais.
• Alinhamentos Alternativos : Fortalecer laços com blocos econômicos como os BRICS ou movimentos não alinhados para criar alternativas à pressão econômica dos EUA.
• Desinformação Controlada : Utilização de contra-narrativas para minar a legitimidade de think tanks e seus membros.

Persistência Atual

Esses grupos permanecem influentes:

• O CFR e a Comissão Trilateral continuam moldando políticas globais, agora utilizando o contextos como mudanças climáticas, para atacar países em desenvolvimento, inteligência artificial, ideologia de gênero, grupos minoritário e rivalidades com a China.
• Multinacionais ainda utilizam think tanks para influências políticas comerciais e regulatórias em outros países, como jornalismo ideológico, falsos relatórios climáticos e de ataque de hackear para atacar china, Rússia e Brasil.

A neutralização de grupos como o CFR requer estratégias combinadas de transparência, fortalecimento de alianças internacionais e o uso de tecnologias modernas para contrapor sua influência. 

É essencial monitorar as atividades dessas organizações para evitar golpes econômicos e manipulações política.