Quanto Custa o Congresso Nacional? A Conta Bilionária que a Imprensa Não Mostra
Enquanto milhões de brasileiros enfrentam desemprego, filas no SUS e escolas sucateadas, há uma pergunta que insiste em não ganhar destaque no noticiário:
Quanto o governo brasileiro realmente gasta com o Congresso Nacional?
Você vai descobrir agora, com base em dados oficiais de orçamento público entre 2022 e 2025, que o Legislativo brasileiro não sai nada barato — e consome bilhões por ano, parte deles com privilégios, mordomias e emendas parlamentares que escapam do controle da população.
Orçamento do Congresso Nacional: A Casa do Povo ou o Palácio do Gasto?
O Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados (513 parlamentares) e o Senado Federal (81 senadores).
Juntos, têm um orçamento anual estimado entre R$ 11 e R$ 13 bilhões nos últimos anos.
Ano | Orçamento Total (aproximado) |
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2022 | R$ 11,2 bilhões |
2023 | R$ 12,1 bilhões |
2024 | R$ 12,8 bilhões |
2025* | R$ 13,5 bilhões (projeção) |
Fonte: SIOP (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal)
Boa parte desse valor vai para:
1) Salários,
2) Aposentadorias,
3) Assessores,
4) Passagens aéreas,
5) Aluguel de imóveis,
6) Cotas parlamentares e serviços internos,
Incluindo restaurante, gráfica e segurança.
Privilégios e Mordomias: Onde Está a Economia?
Cada deputado federal custa aos cofres públicos, em média, R$ 210 mil por mês.
Entre os gastos estão:
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Salário bruto: R$ 41,6 mil
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Verba de gabinete: até R$ 120 mil
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Auxílio-moradia, passagens aéreas, plano de saúde vitalício
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Ressarcimento por despesas diversas (inclusive alimentação e combustível)
Já os senadores chegam a custar R$ 250 mil por mês, com um número menor de eleitos e maior estrutura de pessoal.
No total, só os privilégios dos 594 parlamentares (deputados e senadores) somam mais de R$ 2 bilhões ao ano.
Emendas Parlamentares: A Moeda de Troca Bilionária
As chamadas emendas parlamentares viraram um dos pontos mais controversos do orçamento federal.
Trata-se de verbas que cada parlamentar pode destinar a obras, entidades ou prefeituras, muitas vezes sem fiscalização eficiente.
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2022: R$ 16,5 bilhões em emendas
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2023: R$ 37,6 bilhões (recorde)
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2024: R$ 53 bilhões (incluindo emendas de relator e individuais)
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2025: Projeção próxima de R$ 55 bilhões, mas poderá chegar a R$ 70 Bilhões de reais
Esses recursos são usados como “moeda de apoio” político ao governo — o famoso “toma lá, dá cá”.
Se o Governo Cortasse Isso, Economizaria?
Sim. Se o Brasil optasse por um sistema mais enxuto e transparente:
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Poderia reduzir em até R$ 30 bilhões/ano nos gastos legislativos e com emendas;
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Reinvestir em educação básica, saúde pública e infraestrutura essencial;
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Diminuir a dependência de negociação política por verbas e cargos.
O Congresso Nacional brasileiro é um dos mais caros do mundo em relação ao PIB.
Por que a grande imprensa não mostra isso?
A resposta é incômoda: interesse político e dependência de verbas públicas já que muitas emissora de televisão e rádio que dizem ser transparente receber verba do governo para divulgar seus projetos e campanhas políticas.
Muitas grandes emissoras recebem recursos de publicidade estatal e, ao mesmo tempo, evitam antagonizar os poderes em Brasília para manter acesso privilegiado a entrevistas, verbas e favores.
Além disso, os próprios parlamentares têm influência direta sobre a distribuição de verbas de emendas para veículos regionais e projetos de mídia.
A Conta Não Fecha — e a População Está Pagando
Enquanto o discurso público gira em torno de "corte de gastos", "responsabilidade fiscal" e "reformas", atacante aposentadoria e pensões e o BPC e até salário mínimo, o Congresso continua sendo um buraco negro de verbas públicas.
A pergunta que fica: quanto tempo o país vai aguentar sustentar um sistema tão caro, pouco transparente e resistente a mudanças?
A transparência não é inimiga da democracia — é sua base.