Brasil reage a ameaça dos EUA:
Governo articula estratégia para conter pressão política da ditadura Trump e aliados
Diplomacia, economia e segurança digital formam os pilares do plano nacional para proteger a soberania brasileira diante de possível interferência externa e retaliações comerciais
Brasília, 12 de julho de 2025
O governo brasileiro iniciou uma articulação de emergência após a divulgação de uma carta supostamente enviada pela Casa Branca ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que o ex-presidente norte-americano Donald Trump critica o julgamento de Jair Bolsonaro e anuncia a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a carta — cuja autenticidade ainda está sendo verificada oficialmente — acendeu um sinal de alerta sobre uma possível tentativa de interferência direta nas instituições democráticas do país, com apoio de figuras ligadas à extrema direita, como Eduardo Bolsonaro e aliados de Trump nos EUA.
Resposta articulada
Diante da gravidade do conteúdo, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) convocou o embaixador dos Estados Unidos para prestar esclarecimentos formais.
Ao mesmo tempo, o Brasil articula apoio diplomático junto a países da União Europeia, China, Índia e membros do BRICS.
“O Brasil não aceita chantagens políticas disfarçadas de retaliações comerciais. Vamos defender nossa soberania e nossa democracia com todos os instrumentos legais e diplomáticos disponíveis”, afirmou uma fonte da Presidência da República sob condição de anonimato.
Impactos econômicos e resposta comercial
Caso as tarifas se confirmem, setores como agronegócio, metalurgia e indústria alimentícia seriam os mais impactados.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, e a medida afetaria bilhões de dólares em exportações.
Como contrapartida, o governo estuda a aplicação de tarifas proporcionais a produtos norte-americanos, especialmente os oriundos de estados tradicionalmente alinhados ao regime ditatorial de Trump, como Flórida e Texas.
A intenção é pressionar politicamente setores econômicos influentes dentro dos EUA.
Além disso, o Ministério da Fazenda e o BNDES preparam um plano emergencial de diversificação comercial para incentivar empresas brasileiras a buscarem novos mercados na Ásia, África e Oriente Médio.
Segurança institucional e tecnológica
O governo também mobilizou a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para investigar possíveis articulações digitais e financiamento estrangeiro a grupos extremistas brasileiros.
Um dos focos das investigações são as conexões entre Eduardo Bolsonaro, o ex-estrategista de Trump, Steve Bannon, e redes de desinformação que operam nas redes sociais, com o objetivo de enfraquecer instituições como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral.