Rússia testa novo submarino nuclear.
A embarcação estratégica de última geração pode transportar até 16 mísseis balísticos
A Rússia está conduzindo um teste de um novo submarino nuclear estratégico, anunciou o comandante em chefe da Marinha no domingo, em um momento de tensões crescentes com o Ocidente.
“O mais novo cruzador submarino de mísseis estratégicos movidos a energia nuclear Generalíssimo Suvorov está sendo testado”
Disse o almirante Nikolay Yevmenov, falando no 326º aniversário do estabelecimento da Marinha Regular Russa.
O chefe da Marinha disse que o submarino foi construído na empresa Sevmash, a maior instalação de construção naval da Rússia, na cidade de Severodvinsk, no norte do país.
O 'Generalíssimo Suvorov' é o sexto navio dos submarinos de mísseis balísticos de 4ª geração da Rússia e o segundo navio produzido em massa da classe Borei-A atualizada.
Cada embarcação Borei-A pode transportar até 16 mísseis balísticos lançados por submarinos da classe Bulava, que podem ser armados com ogivas nucleares.
O barco recebeu o nome do general do século 18 Alexander Suvorov, que é considerado um dos maiores comandantes militares da história da Rússia.
Yevmenov continuou dizendo que a Marinha Russa está sendo reforçada por outros novos navios de última geração, incluindo o submarino diesel-elétrico 'Ufa', que;
“passou com sucesso nos testes oficiais”.
A embarcação, destinada à Frota Russa do Pacífico, deve ser formalmente aceita pela Marinha no próximo mês, afirmou. Submarinos deste tipo estão armados com mísseis de cruzeiro 'Kalibr'.
No início desta semana, o presidente russo Vladimir Putin supervisionou pessoalmente os exercícios de ataque nuclear envolvendo as forças de dissuasão terrestre, marítima e aérea de Moscou.
Esta atividade militar coincidiu com exercícios semelhantes conduzidos pela OTAN, denominados 'Steadfast Noon'.
Os exercícios nucleares do bloco, que devem durar até 30 de outubro, estão ocorrendo na Bélgica, no Mar do Norte e no Reino Unido.
Apesar das altas tensões entre a Rússia e o Ocidente, a OTAN descreveu os exercícios como “rotineiros” e;
“não ligados a nenhum evento mundial atual”.
No contexto do conflito na Ucrânia, Putin prometeu recentemente que a Rússia usaria "todos os meios disponíveis" para defender seu povo e território, uma declaração que Washington e seus aliados da OTAN interpretaram como uma ameaça velada de implantar armas nucleares.
No entanto, vários altos funcionários russos insistiram que Moscou não está ameaçando ninguém com seu arsenal nuclear.