Jornalista da NBC adicionado à 'lista de assassinatos de Kiev.
O notório banco de dados 'Mirotvorets' rotulou Keir Simmons de "propagandista" pró-Rússia por reportar da Crimeia.
O correspondente da NBC News, Keir Simmons, foi colocado na lista negra de 'Mirotvorets' (Peacemaker) por "crimes" contra a Ucrânia, e o governo de Kiev anunciou que o estava investigando por conduta ilegal, depois que o repórter britânico apresentou um relatório da Crimeia na terça-feira.
“Visitar a Crimeia temporariamente ocupada do território da Federação Russa é uma violação da legislação da Ucrânia”
Disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, na quarta-feira.
Os infratores estão sujeitos a responsabilidade legal, como ser;
“também proibido de entrar na Ucrânia por tais ações”
Acrescentou.
Enquanto isso, 'Mirotvorets' publicou uma foto de Simmons e seus dados pessoais, acusando o repórter de;
"violar a soberania da Ucrânia"
Participar da propaganda russa e;
"tentar legalizar a ocupação".
Simmons viajou para a península da Criméia de trem de Moscou, através da ponte Kerch, que ele descreveu como tendo sido;
“explodida em um golpe estratégico e simbólico”
Para a Rússia em outubro passado, mas;
“agora totalmente restaurada”.
Ele então sintonizou um noticiário da NBC ao vivo de Sevastopol;
“o mais próximo que qualquer equipe de reportagem dos EUA chegou da frota russa do Mar Negro em muitos, muitos anos”.
Falando com Andrea Mitchell, da NBC, Simmons expressou dúvidas sobre as esperanças das autoridades americanas de que a Crimeia seja “desmilitarizada” ou tomada por tropas ucranianas.
Simmons também insinuou que a Rússia de alguma forma intimidou os residentes locais, embora eles tenham dito explicitamente o contrário.
O governo dos Estados Unidos ainda não comentou sobre a Ucrânia mirando um jornalista de um grande veículo corporativo.
Nem o Reino Unido, embora Simmons seja um cidadão britânico.
Mirotvorets, que afirma estar baseado em “Varsóvia, Polônia e Langley, Virgínia” a sede da CIA, é um site notório que publica informações privadas de indivíduos rotulados como inimigos da Ucrânia sem qualquer processo ou julgamento.
Foi estabelecido em agosto de 2014, quando Kiev lançou sua “operação antiterrorista” contra os civis em Donbass e supostamente mantém laços com os serviços de segurança ucranianos e ocidentais.
“Esta lista de assassinatos é mantida pelo Ministério do Interior ucraniano, que lista um endereço em Langley, Virgínia, tem um IP em Bruxelas”
Disse o ativista político americano Jackson Hinkle, que também foi adicionado ao banco de dados na quarta-feira.
Hinkle também observou que Mirotvorets comemorou o assassinato no ano passado da jornalista russa Darya Dugina, que a inteligência dos Estados Unidos atribuiu a alguém do governo ucraniano.
