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6/03/2023

BANCOS DOS ESTADOS UNIDOS RELATAM MAIOR SAÍDA DE CAPITAL EM 40 ANOS.


Bancos dos Estados Unidos relatam maior saída de capital em 40 anos.

As perdas com depósitos superaram US$ 472 bilhões no primeiro trimestre de 2023, de acordo com o FDIC

Os bancos nos Estados Unidos viram o total de depósitos cair em um recorde de 2,5% no primeiro trimestre do ano, informou a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) na quarta-feira.

A vazão foi a maior registrada pelo FDIC desde que começou a coletar esses dados em 1984.


De acordo com o relatório, os bancos americanos perderam US$ 472 bilhões em depósitos durante o período de janeiro a março, marcando o quarto trimestre consecutivo de saídas da indústria. 

O declínio foi principalmente de fundos não segurados, disse o FDIC, observando que os depósitos segurados na verdade aumentaram US$ 255,1 bilhões, ou 2,5%, em meio às falências de vários bancos regionais.

“Os efeitos mais duradouros da resposta da indústria a esse estresse podem não se tornar totalmente aparentes até recebermos os resultados do segundo trimestre"

Afirmou o presidente do FDIC, Martin Gruenberg.


O relatório não cobriu o First Republic Bank, que quebrou em 1º de maio, tornando-se o terceiro credor americano a falir este ano.

O FDIC também disse que o número de bancos em sua “lista de problemas” aumentou de quatro para 43, enquanto os ativos mantidos pelos bancos nessa lista aumentaram para US$ 58 bilhões

Gruenberg alertou que o setor bancário dos Estados Unidos continua a enfrentar outros riscos causados ​​pela inflação, aumento das taxas e pressão econômica, principalmente em áreas como imóveis comerciais.

O índice bancário S&P 500 caiu 2,6% na quarta-feira após o relatório, atingindo seu ponto mais baixo em cerca de duas semanas. 

O Dow Jones Industrial Average caiu 0,4%, ou 130 pontos, enquanto o Nasdaq, pesado em tecnologia, caiu 0,6%

MAIS DE 2.000 BANCOS DOS ESTADOS UNIDOS ESTÃO INADIMPLENTE


Mais de 2.000 bancos dos Estados Unidos estão insolventes.

O setor bancário dos Estados Unidos foi recentemente atingido por uma grande crise

Quase metade dos 4.800 bancos nos Estados Unidos estão quase insolventes, já que esgotaram seus buffers de capital, informou o The Telegraph no início desta semana, citando um grupo de especialistas bancários.

De acordo com o professor Amit Seru, especialista em bancos da Universidade de Stanford, cerca de metade dos credores dos Estados Unidos estão submersos.


“Não vamos fingir que se trata apenas do Silicon Valley Bank e da First Republic”

Disse ele. 

“Muito do sistema bancário dos EUA é potencialmente insolvente.”

Na semana passada, o First Republic foi apreendido pelos reguladores financeiros dos Estados Unidos e adquirido pelo JPMorgan, o maior banco do país. 

O credor com sede em São Francisco já havia recebido um resgate de US$ 30 bilhões de um grupo de bancos de Wall Street na forma de depósitos. 


A venda do First Republic Bank ocorreu após grandes corridas de depósitos em março, o que levou dois credores regionais, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, à falência em poucos dias.

Na quinta-feira, as ações da PacWest, com sede em Los Angeles, e da Western Alliance, do Arizona, foram suspensas depois que seus preços caíram drasticamente. 

No início da semana, as ações de vários credores regionais dos Estados Unidos caíram pelo menos 15%, provocando preocupações dos investidores sobre a saúde financeira de outros bancos de médio porte.

Cerca de 2.315 bancos nos Estados Unidos estão atualmente com ativos que valem menos do que seus passivos, de acordo com um relatório da Hoover Institution do professor Seru e um grupo de especialistas bancários, conforme citado pela mídia.

O valor de mercado das carteiras de empréstimos desses credores é supostamente US$ 2 trilhões menor do que o valor contábil declarado.


O professor Seru levantou questões sobre as medidas tomadas pelos vigilantes financeiros dos Estados Unidos para enfrentar os problemas enfrentados pelos credores de médio porte atingidos pela crise. 

Os reguladores podem conter a crise de liquidez imediata garantindo temporariamente todos os depósitos, segundo Seru, que disse, porém, que isso não resolveria a crise de solvência maior.

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