Hilary Clinton pediu informações pessoais sobre integrantes do governo:
Dentre os quase 3 mil documentos obtidos que tratam de Brasil há um de especial interesse.Trata-se de um telegrama confidencial enviado no dia 23 de abril de 2009 ao departamento politico da embaixada estadunidense em Brasília e assinado pela própria Secretária do Departamento de Estado americano, Hillary Clinton.
Todo escrito em letras garrafais, o documento, produzido dois meses e meio depois da posse de Hillary Clinton no cargo, mostra que ela também pediu informações detalhadas sobre membros do governo que seriam de especial interesse à administração americana.
Hillary Clinton agradece pela informação sobre os possíveis candidatos à sucessão presidencial, em especial ao relatório:
"estelar"Sobre José Serra (candidato do PSDB).
As informações seriam usadas em relatórios para:
"clientes-chave"
Ou seja:
1) Agências2) Secretarias do governo,
Relata Clinton.
Ela também agradece pelos detalhes biográficos enviados a respeito do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e à negociadora do Itamaraty Vera Machado.
"Essa informação ajuda a preencher vácuos biográficos sobre atores-chave na política ambiental e de mudanças climáticas, um tema bilateral muito importante".
Em especial, os oficiais de Washington valorizam informações sobre:
1) "O jeito de atuar dos líderes,2) Motivações,
3) Qualidades e defeitos,
4) Relações com superiores,
5) Sensibilidades,
6) Visões de mundo,
7) Hobbies e proficiência em linguas".
Relatos sobre divergências e convergências entre os líderes brasileiros em relação a temas:
1) Econômicos,2) Políticos
3) Relações exteriores,
Também serviriam para os americanos identificarem:
"interlocutores favoráveis ou obstáculos"
Nos temas prioritário como:
1) Energia e comércio2) Protecionismo.
Washington pede mais.
Quer que o corpo diplomático reúna informações sobre:
"divisões dentro do núcleo do governo Lula".
Em relação às políticas usadas para atenuar os efeitos da crise econômica, em especial aquelas que pudessem afetar o comércio bilateral entre os dois países.
Por fim, Hillary Clinton agradece informações sobre:
"a relativa influência de assessores econômicos, seus estilos de negociação e sua autoridade"
E pede mais detalhes sobre a pesonalidade de membros do executivo por trás de projetos de lei que saem do Planalto e não do Congresso, pois eles ajudam Washington a:
"avaliar a influência, as visões de mundo e a linha política"
Desses indivíduos.