2/27/2018

O DIA QUE OS ESTADOS UNIDOS PEDIRAM DINHEIRO PARA O BRASIL!




Estados Unidos pediram ao Brasil US$ 5 milhões, para financiar o exército do Afeganistão;

Em Setembro de 2008, a embaixada americana procurou o governo brasileiro para pedir 5 milhões de dólares para as forças militares do Afeganistão.

O pedido foi um de muitos pedidos de assistência para o país negados pelo Itamaraty.

O telegrama de 3 de Outubro relata que o representante político da embaixada encontrou com o embaixador Marcos Pinta Gama e no dia 29 com a secretária responsável pelo Afeganistão no MRE, Marisa Kenicke, para pedir o montante.

Pinta Gama declinou, dizendo que o Brasil:

"tem procurado projetos relacionados a desenvolvimento mais do que apoio aos militares",

Mas mesmo assim não tinha encontrado uma oportunidade adequada.

"O pedido de cinco milhões de dólares ao longo de cinco anos é bem maior do que muitos outros pedidos que fizemos e que seguem sem resposta",

Comentou o então embaixador Cliffords Sobel.

"Os recursos do Brasil para assistência em geral são extremamente limitados, e o governo tende a preferir assistência técnica para projetos de desenvolvimento social".

Em 2009, o tema volta à pauta da embaixada, como mostra outro telegrama confidencial, do dia 14 de abril.

Trata-se de um relatório sobre outra reunião, com o embaixador Roberto Jaguaribe, subsecretária para assuntos políticos, que terminou em mais uma negativa.

Jaguaribe teria dito a Sobel que, por causa da redução da verba para assistência no Congresso, a chance de conseguir fundos era "muito pequena", mas talvez fosse possível obter alimentos.

Para ele, o Brasil olha o Afeganistão como:

"remoto e distante",

Seguindo os desenvolvimentos no país mas sem ser;

"um ator relevante"

Embora houvesse a possibilidade de abrir uma embaixada em Kabul.

Ele também teria sugerido que o Irã poderia ser um ator relevante na região.

Para Sobel, conforme ele descreve no documento, há três obstáculos para uma ajuda brasileira: 


"a) O orçamento brasileiro,


b) Receptividade política, 


c) Dificuldade brasileira em ’abraçar algo que não formulou’".

Estados Unidos pediram que Brasil doasse US$ 10 mi à Palestina:

Um telegrama publicado, revela os bastidores da mudança de postura que significou o governo de Barack Obama em relação às negociações de paz entre Israel e Palestina.

O documento confidencial, datado de 4 de Setembro de 2009, mostra que a diplomacia americana pediu que o governo brasileiro doasse 10 milhões de dólares para a Autoridade Nacional Palestina.

Mas o Itamaraty não deu uma resposta conclusiva, alegando que outra doação US$ 10 milhões para a reconstrução da faixa de Gaza ainda não havia sido aprovada pelo Congresso.

A doação de 25 milhões de reais acabou sendo feita apenas em meados do ano passado, e sob críticas.

Congressistas consideravam que o dinheiro era muito necessário para o Brasil.

Já os EUA têm aumentado significativamente suas doações para a autoridade palestina.

No total, os Estados Unidos doaram 740 milhões de dólares à Palestina em 2010 para:

1) Fortalecer a instituição, 

2) "Treinar forças de segurança 

3)  Manter os palestinos engajados nas discussões de paz.

Reunião:

O documento descreve uma reunião em 3 de setembro de 2009 do representante político da embaixada com os então diretores da divisão do Itamaraty para Oriente Médio, Claudio Nascimento e Roberto Abdalla.

“Embora Nascimento, em particular, tenha se mostrado entusiasta do conceito de prover fundos para a Autoridade Palestina diante das negociações de paz, eles admitiram que os US$10 milhões prometidos para a reconstrução de Gaza pelo ministro Celso Amorim antes da Cúpula América do Sul-Países Árabes ainda não foi aprovada pelo congresso”,

Diz o telegrama.

O documento mostra que o Itamaraty elogiou a postura de Obama sobre o tema.

Nascimento teria elogiado a aproximação com a Síria e a ênfase do governo Obama em pedir o fim da expansão dos assentamentos na faixa de Gaza.

“Em contraste com reuniões anteriores com a embaixada, nas quais o Itamaraty tem geralmente criticado a política dos EUA para o Oriente Médio, a resposta sobre a postura dos EUA à questão Israel-Palestina foi bastante positiva. 

Eles elogiaram especificamente o presidente Obama e o enviado especial (americano, George) Mitchell por terem uma postura diferente e mais prática”.

Posição brasileira é “indefinida”
segundo a análise da conselheira da embaixada em Brasília Lisa Kubiske, autora do telegrama, o
“entusiasmo” do Itamaraty dificilmente se converterá em ações concretas.

“Mas o Brasil está determinado a assumir um papel maior”,

Prossegue ela.

“Contatos adicionais com o governo brasileiro sobre esse tema serão boas para informar e influenciar o que ainda é uma política relativamente indefinida com relação à região e em, particular ao processo de paz Israel-Palestina em particular”.

A revelação acontece em meio à polêmica dos documentos publicados pela Al Jazeera que alegam que a Autoridade Palestina teria oferecido parte de Jerusalém a Israel em busca de um acordo de paz.

Os documentos também mostram a cooperação próxima entre forças de segurança israelense e a autoridade palestina


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