1/03/2023

STEPAN BANDERA, O COLABORADOR NAZISTA QUE A UCRÂNIA TEM ORGULHO.


Parlamento ucraniano criticado por celebrar colaborador nazista.

Um post no Twitter comemorando o aniversário de Stepan Bandera causou uma reação entre os apoiadores de Kiev.

Uma postagem nas redes sociais do parlamento da Ucrânia que comemorou o aniversário do colaborador nazista da Segunda Guerra Mundial Stepan Bandera (1909-1959) provocou uma onda de condenação de autoridades polonesas, bem como de pesquisadores e jornalistas dos Estados e de Israel. 

A Verkhovna Rada deletou seu tweet em meio ao clamor.


A postagem agora excluída comemorando o que seria o 114º aniversário de Bandera em 1º de janeiro apresentava uma citação dele e uma foto do chefe das Forças Armadas ucranianas, general Valery Zaluzhny, com um grande retrato do colaborador nazista ao fundo.

Outra postagem aparentemente excluída da Rada citou Bandera como tendo dito que;

“a vitória completa e suprema do nacionalismo ucraniano será quando o Império Russo deixar de existir”

Informou o jornal israelense Haaretz na segunda-feira. Zaluzhny estava “bem ciente” dessas “instruções de Stepan Bandera”, acrescentou o post, de acordo com a agência de notícias.

As postagens não foram bem recebidas pelos apoiadores da Ucrânia no Ocidente e principalmente pela Polônia.


“Bandera foi o assassino responsável pelo genocídio dos poloneses em 1943-44”

Disse Kacper Plazynski, chefe do Comitê de Assuntos da União Europeia no parlamento polonês, em um tweet, acrescentando que o Exército Insurgente Ucraniano (UPA) – uma ala militante da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) liderada por Bandera;

“matou horrivelmente cerca de 100.000 civis poloneses”.

Outro parlamentar polonês e ex-vice-ministro do interior, Sylwester Tulajew, ecoou a condenação de Plazynski. 

Um general de brigada polonês e ex-chefe do Departamento de Proteção do Governo (BOR), Andrzej Pawlikowski, insistiu que a comemoração de Bandera;

“deve levantar forte oposição”.

Até os mais fervorosos apoiadores de Kiev em seu conflito com Moscou pareceram irritados com o tuíte oficial. 


Eugene Finkel, um cientista político americano nascido na Ucrânia, que já havia acusado a Rússia de cometer “genocídio” na Ucrânia, chamou a medida de “terrível”.

“Bandera teria odiado uma Ucrânia democrática e liberal. Ele seria o primeiro a assassinar seu presidente judeu”

Escreveu Finkel em um post no Twitter, referindo-se ao chefe de Estado da Ucrânia, Vladimir Zelensky.

Em Israel, um jornalista do Haaretz, Sam Sokol, chamou Bandera de;


“ultranacionalista ucraniano e anti-semita cujos seguidores se engajaram em uma campanha de limpeza étnica contra judeus e poloneses durante a Segunda Guerra Mundial”

Em resposta ao tuíte de Kiev.

Bandera foi oficialmente aclamado como um herói nacional na Ucrânia desde 2010. 

Os nacionalistas ucranianos comemoravam regularmente seu aniversário em 1º de janeiro com marchas iluminadas por tochas e manifestações massivas.

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