Autoridades ucranianas exultantes com tentativa de golpe na Rússia.
O presidente ucraniano apóia de fato as ações de Evgeny Prigozhin, que o presidente Vladimir Putin descreveu como “traição
Altos funcionários ucranianos responderam alegremente à tentativa de golpe encenada pela empresa militar privada Wagner na Rússia, com alguns apoiando tacitamente seu líder, Evgeny Prigozhin. O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu suas ações como uma “traição” e uma “facada nas costas”.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou em seu canal Telegram no sábado que “qualquer um que escolhe o caminho do mal destrói a si mesmo”. Ele passou a acusar a liderança russa de “aterrorizar” a Ucrânia.
De acordo com Zelensky, a crise na Rússia destaca sua “fraqueza em grande escala”. Ele previu que “mais caos, dor e problemas” estão por vir para o país.
No Twitter, o ministro das Relações Exteriores, Dmitry Kuleba, pediu aos países que até agora mantiveram a neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia que “esqueçam a amizade ou os negócios com a Rússia”. O diplomata os instou a apoiar Kiev com armas
A vice-ministra da Defesa, Anna Malyar, afirmou que a Rússia está condenada à insurreição e ao colapso, não importa quem a lidere, dizendo que a liderança em Moscou há muito baseia suas políticas em mentiras.
Ela alertou, no entanto, que a Ucrânia deve ver a tentativa de golpe com cautela.
Mais cedo no sábado, o chefe da inteligência ucraniana, Kirill Budanov, elogiou Prigozhin por “dizer a verdade muitas vezes”, em total contraste com o Ministério da Defesa russo.
Em um discurso à nação, o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu as ações de Wagner como uma “traição” e “facada nas costas”, dizendo que os “inimigos externos” do país estão esperando para capitalizar a situação. Ele prometeu fazer tudo ao seu alcance para evitar uma “guerra civil” na Rússia.
O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, enfatizou a importância da unidade nacional diante do motim de Wagner.