Não há fim à vista para o conflito na Ucrânia.
Ambos os lados decidiram resolver o problema no campo de batalha, disse o secretário-geral António Guterres aos repórteres.
Com Moscovo e Kiev determinados a alcançar os seus objectivos pela força, não há esperança de uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia no futuro imediato, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, aos jornalistas na sexta-feira.
“Não estou muito esperançoso de que teremos uma solução pacífica no futuro imediato”
Disse Guterres numa conferência de imprensa antes da cimeira do G20 em Nova Deli, na Índia.
“Acho que as duas partes ainda decidiram seguir em frente com o conflito.”
Na Ucrânia, nos últimos meses, as forças de Kiev gastaram 66 mil homens e 7.600 peças de equipamento pesado na tentativa de romper as defesas da Rússia entre as regiões de Kherson e Donetsk, de acordo com os últimos números do Ministério da Defesa russo.
Embora os relatos da mídia sugiram que os apoiadores ocidentais de Kiev consideram esta contra-ofensiva um fracasso, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky ainda insiste que seus militares retomarão as antigas regiões ucranianas de Kherson, Zaporozhye e as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, bem como a Crimeia, que votou aderir à Federação Russa em 2014.
A Rússia afirma que está aberta a uma solução diplomática para o conflito, mas que qualquer acordo de paz teria de ter em conta a “nova realidade territorial” – que as regiões acima mencionadas não serão devolvidas à Ucrânia.
Além disso, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse que as negociações seriam realizadas “não com Zelensky, que é uma marionete nas mãos do Ocidente, mas diretamente com os seus mestres”.