O Motor Invisível da Economia:
Aposentados, Pensionistas e BPC Movimentam Mais Dinheiro que Muitos Estados
Você já ouviu um político dizer que “o INSS está quebrando o Brasil”?
Ou que "não há dinheiro para pagar aposentadorias"?
Pois saiba: os aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC são, na prática, um dos maiores motores da economia brasileira.
Sim, eles gastam.
Mas também fazem o dinheiro circular.
Muito mais do que você imagina.
Quanto o governo paga a aposentados, pensionistas e BPC?
Dados de 2023:
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INSS total (aposentadorias, pensões, auxílios): R$ 888 bilhões/ano
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BPC/LOAS (para idosos e pessoas com deficiência): R$ 87 bilhões/ano
🔹 TOTAL: R$ 975 bilhões por ano (ou seja, mais de R$ 81 bilhões por mês)
Isso representa quase 9% do PIB nacional — e mais do que os orçamentos combinados de saúde e educação.
Para onde esse dinheiro vai? Economia real. Supermercado. Farmácia. Comércio local.
Diferente de grandes empresários que colocam dinheiro em paraísos fiscais ou em fundos internacionais, os aposentados e beneficiários gastam quase 100% do que recebem — em consumo essencial.
Exemplo prático:
Tipo de gasto mensal típico com aposentadoria |
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Aluguel ou moradia própria (manutenção) |
Alimentação básica |
Medicamentos |
Água, luz, gás |
Ajuda a filhos e netos desempregados |
Transporte público |
Compras no comércio local |
O impacto regional: cidades que vivem do INSS
De acordo com dados do IPEA:
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Mais de 70% dos municípios brasileiros recebem mais dinheiro do INSS do que do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
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Em milhares de cidades do interior, o maior "empregador" é o aposentado.
Em regiões do semiárido, sertão nordestino e sul do país, o pagamento do INSS representa até 40% da renda total da cidade.
Comparando com o “custo político” do Congresso Nacional
Item | Custo Anual (2024) |
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Congresso Nacional | R$ 13 bilhões |
Fundo Eleitoral | R$ 5 bilhões |
INSS + BPC (2023) | R$ 975 bilhões |
Geração de consumo via INSS | R$ 1,3 trilhões estimados |
Ou seja, o INSS custa, mas também movimenta a economia.
Já a elite política e burocrática consome bilhões com pouquíssimo retorno direto à sociedade.
Por que a grande imprensa não mostra isso?
Razões prováveis:
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Interesse dos mercados financeiros:
Ao tratar aposentadorias como “problema”, se justifica:-
Privatizações
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Reforma da Previdência
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Aumento da idade mínima
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Expansão da previdência privada
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Corte de gastos seletivo:
Quando se foca no "déficit da previdência", desvia-se o foco de:-
R$ 300 bilhões/ano em renúncias fiscais
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R$ 500 bilhões em dívida ativa não cobrada
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Custo da elite estatal e política
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Narrativa econômica baseada na austeridade:
A mídia tradicional costuma seguir a cartilha dos bancos e do FMI. E nela, aposentado é gasto, nunca investimento.
E se o governo “economizasse” cortando benefícios?
O impacto seria devastador:
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Queda no consumo
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Quebra de comércios locais
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Aumento da miséria e da desigualdade
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Explosão na dependência de programas assistenciais
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E, ironicamente, recessão econômica
Ou seja, o que “economiza” de um lado, volta como prejuízo social e fiscal do outro.
Aposentados são pilar da economia, não peso morto
Se você ouviu que “aposentado custa caro”, pense de novo.
Eles sustentam famílias, mantêm o comércio local vivo e são a base econômica de milhares de cidades, bem diferente que a rede globo e seus economista pregam.
Talvez o problema do Brasil não esteja em quem ganha um salário mínimo por mês… mas em quem ganha R$ 40 mil sem prestar contas.