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7/22/2025

COMO O BRASIL PODERIA SAIR DO SISTEMA SWIFT SEM SE ISOLAR DA ECONOMIA GLOBAL

 

Swift

Como o Brasil Poderia Sair do Sistema SWIFT Sem se Isolar da Economia Global

O sistema SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é o principal mecanismo global de mensagens financeiras internacionais. 

Controlado por interesses majoritariamente ocidentais e alinhados aos EUA, o SWIFT funciona como um instrumento tanto técnico quanto geopolítico. 

Países como Irã e Rússia já foram excluídos, sofrendo sanções econômicas severas.

Diante desse cenário, surge a pergunta: o Brasil poderia abandonar o SWIFT sem ficar isolado? 

A resposta pode estar na tecnologia financeira emergente — em especial no Real Digital e em redes de moedas digitais de banco central (CBDCs).


O Que É o SWIFT e Por Que É Tão Poderoso?

O SWIFT não movimenta dinheiro, mas transmite mensagens seguras entre bancos para iniciar transferências internacionais. 

Como quase todos os países participam, a exclusão de uma nação significa, na prática, a interrupção de suas transações internacionais em dólar e euro.

Assim, o SWIFT se tornou um braço do sistema financeiro dominado pelos EUA e, muitas vezes, usado como ferramenta geopolítica.


Como o Brasil Poderia Reduzir sua Dependência do SWIFT?

1. Adoção do Real Digital com Interoperabilidade Internacional

O Banco Central do Brasil está desenvolvendo o Real Digital, uma moeda digital de banco central (CBDC) com base em blockchain permissionada

Seu grande diferencial é a possibilidade de programar contratos inteligentes, além da transparência e rastreabilidade das transações.

Se o Real Digital for interoperável com outras CBDCs, o Brasil poderia:

  • Negociar diretamente com parceiros estratégicos, como China, Rússia, Índia e países do BRICS;

  • Realizar transações peer-to-peer internacionais, sem passar por intermediários como o SWIFT ou bancos correspondentes;

  • Usar moedas digitais tokenizadas (stablecoins lastreadas em reais) para comércio exterior.

2. Integração com Plataformas Alternativas ao SWIFT

Alguns países já estão criando alternativas descentralizadas ao SWIFT, como:

  • CIPS (China): usado pela China para transações em yuan;

  • SPFS (Rússia): desenvolvido pelo Banco Central russo;

  • BRICS Pay: um projeto em andamento entre os países do bloco BRICS para uma plataforma de pagamentos própria.

O Brasil poderia se integrar ou liderar essas redes alternativas, especialmente com a implementação do Real Digital.


Vantagens do Real Digital em Transações Internacionais

  • Transparência e segurança via tecnologia DLT;

  • Velocidade: liquidação em tempo real entre países parceiros;

  • Menores custos operacionais, eliminando taxas do SWIFT e bancos correspondentes;

  • Independência monetária: menor vulnerabilidade a sanções ou interferências políticas de terceiros;

  • Inovação: integração com contratos inteligentes e economia digital.


Riscos e Desafios

  • ⚠️ Risco de isolamento comercial com países ocidentais e empresas que ainda dependem do SWIFT;

  • ⚠️ Adoção limitada de outras CBDCs ainda em fase de teste;

  • ⚠️ Interoperabilidade técnica: sistemas precisam conversar entre si;

  • ⚠️ Pressões políticas e diplomáticas dos EUA e da União Europeia.


O Caminho do Meio: Dualidade Estratégica

O Brasil não precisa romper totalmente com o SWIFT, mas sim:

  • Reduzir gradualmente sua dependência, especialmente em acordos bilaterais com países fora do eixo dólar-euro;

  • Desenvolver parcerias com países que já adotam sistemas alternativos ou suas próprias CBDCs;

  • Estabelecer uma política externa multilateral independente, alinhada a seus próprios interesses estratégicos.

Sair do SWIFT de forma precipitada pode ser desastroso. 

No entanto, construir infraestrutura financeira paralela, moderna e soberana, baseada no Real Digital e em parcerias internacionais estratégicas, pode dar ao Brasil mais independência, segurança e poder de negociação no cenário global.

A transição não será imediata, mas começa com a coragem de inovar, planejar e investir em soberania tecnológica e monetária.

6/28/2022

SPFS, CONHEÇA O SISTEMA FINANCEIRA QUE É UMA ALTERNATIVA AO SWIFT DOS ESTADOS UNIDOS.


Substituto russo SWIFT pronto para BRICS.

Instituições financeiras no Brasil, Índia, China e África do Sul podem ser conectadas ao SPFS.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os bancos dos países do BRICS podem se conectar livremente ao Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS), a alternativa da Rússia ao SWIFT dos Estados Unidos.

Ao discursar em um fórum de negócios do BRICS, Putin disse que, juntamente com seus parceiros, Brasil, Índia, China e África do Sul, Moscou está desenvolvendo alternativas confiáveis ​​para pagamentos internacionais.

“O sistema russo de transmissão de mensagens financeiras está aberto para conectar bancos dos cinco países”

Disse ele, acrescentando: 

“A geografia do uso do sistema de pagamento russo Mir está se expandindo”.

O presidente russo também observou que está em andamento um trabalho para criar uma moeda de reserva internacional baseada em uma cesta de moedas do BRICS.

O SPFS possui funcionalidade semelhante ao SWIFT e permite a transmissão de mensagens entre instituições financeiras no mesmo formato. 

Foi criado pelo Banco da Rússia como uma alternativa ao sistema baseado na Bélgica em 2014, quando Moscou foi atingida por sanções ocidentais pelo conflito na Ucrânia.

Em Abril, a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina, disse que a maioria dos credores russos e 52 organizações estrangeiras de 12 países receberam acesso ao SPFS e que o regulador manteria em segredo a identidade dos membros do sistema de pagamento.

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