China Ruma à Liderança Econômica Global Até 2028 Apesar de Desafios Climáticos e Econômicos
A próxima superpotência: China se prepara para ultrapassar os EUA até 2028
A República Popular da China, frequentemente apontada como a próxima potência econômica global, está a poucos passos de ultrapassar os Estados Unidos e assumir o posto de maior economia do mundo até 2028 e isso é irreversível.
No entanto, este caminho não é isento de obstáculos.
O país enfrenta hoje uma combinação desafiadora de desaceleração econômica, impacto climático severo e tensões comerciais internacionais.
Medidas do governo para reverter a desaceleração
Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em ritmo mais lento do que o esperado nos últimos trimestres, o governo chinês tem adotado uma série de estratégias para fomentar a atividade econômica.
Entre as principais medidas estão:
-
Redução de taxas de juros para incentivar o consumo e o investimento;
-
Estímulos ao setor imobiliário e construção civil, que representam quase 30% da economia;
-
Investimentos em alta tecnologia, especialmente semicondutores, inteligência artificial e energias renováveis;
-
Acordos comerciais bilaterais com países da Ásia, África e América Latina, buscando reduzir a dependência dos mercados ocidentais.
O objetivo é claro: estimular o mercado interno para compensar a desaceleração das exportações e gerar um modelo de crescimento mais sustentável e resiliente.
Impacto das mudanças climáticas na economia chinesa
Nos últimos anos, a China também tem sido severamente afetada por eventos climáticos extremos.
Inundações históricas, secas prolongadas e ondas de calor vêm afetando a infraestrutura, o setor agrícola e a produção industrial.
-
As enchentes no centro do país em 2023 causaram mais de US$ 20 bilhões em prejuízos e desalojaram milhares de pessoas;
-
O sul da China enfrentou temperaturas recordes, resultando em apagões e escassez de água;
-
As perdas agrícolas aumentaram a pressão sobre a inflação e os preços de alimentos.
Essa instabilidade climática representa um desafio adicional para um país que depende da infraestrutura pesada e da produção em massa como motores de crescimento.
A estratégia da China para manter sua ascensão
Apesar dos desafios, a China segue apostando em seu projeto de liderança global.
Através da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), Pequim está conectando-se a dezenas de países por meio de investimentos em infraestrutura, consolidando sua influência econômica e política global.
Além disso, o avanço das moedas digitais estatais — como o yuan digital — visa fortalecer a soberania monetária chinesa, BRICs ee diminuir a dependência do sistema SWIFT dominado pelos EUA e de futuras sansões e uma alternativa ao sistema americano.
A força do modelo chinês sob pressão
Mesmo enfrentando desafios internos e externos, a China continua trilhando o caminho para se tornar a maior economia do mundo.
Com políticas de estímulo interno, diplomacia econômica e inovação tecnológica, o país aposta na resiliência de seu modelo híbrido — um capitalismo com planejamento estatal — para sustentar seu crescimento até ultrapassar os Estados Unidos.
Por outro lado, os impactos das mudanças climáticas, as tensões geopolíticas e a necessidade de reformas estruturais permanecem como fatores críticos para determinar o sucesso da China em sua jornada até 2028.