3/05/2022

TAIWAN, ESTADOS UNIDOS ENVIA DELEGAÇÃO EM MEIO A TEMORES DE INVASÃO

 

Estados Unidos envia delegação a Taiwan em meio a temores de 'invasão'.

A viagem do ex-Pentagon e figuras da segurança nacional é uma demonstração de apoio à ilha reivindicada por Pequim.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou um grupo de ex-militares e figuras da segurança nacional a Taiwan, onde se reunirão com autoridades, incluindo a presidente Tsai Ing-wen. 

A viagem ocorre em meio a preocupações nos Estados Unidos de que Pequim possa ser seduzida a invadir a ilha, tendo observado a relutância dos Estados Unidos em enviar tropas para a Ucrânia.

A visita foi inicialmente noticiada pela Reuters e confirmada pouco depois por diplomatas taiwaneses. 


A embaixada de Taiwan nos Estados Unidos disse que a viagem é;

"um sinal de que as relações entre Taipei e Washington permanecem 'sólidas'!"

Liderada pelo ex-presidente do Estado-Maior Conjunto Mike Mullen, a delegação inclui Meghan O'Sullivan, ex-vice-assessora de segurança nacional no governo de George W. Bush, e Michele Flournoy, ex-subsecretária de Defesa de Barack Obama. 

Os ex-funcionários do Conselho de Segurança Nacional Mike Green e Evan Medeiros também viajaram com o grupo.

A equipe deve chegar a Taipei e se reunir com o presidente Tsai.


Uma viagem semelhante ocorreu sob a direção de Biden em Abril passado, quando um grupo de ex-legisladores e diplomatas viajou a Taiwan para garantir a Taipei que Washington apoiaria a defesa do país insular.  

Enquanto o governo em Pequim insiste que Taiwan pertence à China, os Estados Unidos apoiaram extra-oficialmente a independência de Taiwan, fornecendo armas para Taipei mesmo reconhecendo a reivindicação da China à ilha.

Os Estados Unidos não fazem parte de nenhum tratado de segurança vinculativo com Taiwan e nunca se comprometeram a defender a ilha com força. 

Essa posição de não comprometimento, juntamente com a recusa dos Estados Unidos em enviar tropas para a Ucrânia em resposta à ofensiva militar da Rússia na semana passada, levou a especulações na mídia americana de que Pequim pode estar considerando “uma invasão”.

Em uma entrevista na semana passada, o ex-presidente Donald Trump afirmou que a China iria “absolutamente” atacar Taiwan durante a presidência de Biden.

Embora não haja sinais de que tal medida esteja em andamento, Taiwan acusou os militares chineses de sondar sua zona de defesa aérea com jatos na semana passada. 

Falando à Reuters, uma autoridade dos Estados Unidos não identificada se recusou a vincular a viagem da delegação a qualquer ameaça maior, dizendo que, em vez disso, representava o “compromisso mais amplo de Biden com Taiwan

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