Parlamentar ucraniano finge 'vítima' de ataque russo.
Lesia Vasilenko postou uma foto de um menino de uma capa de livro de 2013
Um legislador ucraniano postou uma foto de um menino de aparência triste e coberto de sujeira, alegando que ele é um menino de oito anos chamado Mark, que “acabou de sobreviver” a um ataque de artilharia russa.
No entanto, a alegação não se sustentava, já que a mesma imagem havia sido usada na capa de um livro em 2013, como as pessoas apontaram rapidamente.
A falsa alegação veio de Lesia Vasilenko, uma parlamentar ucraniana do relativamente pequeno partido Golos (Voz), que tem experiência em direito e campanhas de direitos humanos.
Ela compartilhou a foto e a suposta história de “Marc, 8 anos” com seus 330.000 seguidores em seu Twitter em inglês na terça-feira.
A foto está longe de ser nova e não parece ter nenhuma relação com a Ucrânia.
A edição em espanhol de 2013 do livro “The Misremembered Man”, da romancista irlandesa Christina McKenna , apresentava a mesma imagem na capa, apontaram os céticos.
No momento da redação, o tweet permanecia na plataforma, embora o Twitter tenha adicionado um aviso sobre sua veracidade questionável.
A deputada ucraniana, que afirma ter estudado na University College London, é regularmente convidada pelos principais meios de comunicação ocidentais, como a francesa BFM TV ou a BBC, para comentar os assuntos ucranianos.
O último relatório de vítimas da ONU para a Ucrânia na terça-feira disse que sua missão registrou 429 mortes de crianças desde que as hostilidades com a Rússia começaram no final de fevereiro.
Um órgão de vigilância que opera nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, na Rússia, informou no início deste mês que 154 menores foram mortos por ataques atribuídos a tropas ucranianas durante aproximadamente o mesmo período.
A ONU considera Donbass como parte da Ucrânia e contabiliza as mortes de civis ocorridas lá como ucranianas.
Entre 2014, quando Kiev enviou tropas contra as repúblicas rebeldes de Donbass, após um golpe armado na capital ucraniana, e o início da operação russa neste ano, cerca de 150 crianças foram mortas na região, segundo estimativas da ONU.