Rússia reage às alegações de assassinato de Zelensky.
Moscou rejeita alegações de que planeja matar o líder ucraniano.
A Rússia não tem planos de matar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ou de removê-lo do poder, afirmou o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov.
“Não, isso não é verdade”
Respondeu Peskov, quando solicitado na quarta-feira a comentar as especulações de que Moscou queria Zelensky morto, durante uma entrevista à emissora francesa LCI.
Ele também insistiu que a mudança de regime no país vizinho não estava entre os objetivos da operação militar em andamento da Rússia.
Zelensky “é o presidente da Ucrânia”, observou Peskov, e o que Moscou quer dele é que concorde com as exigências que a delegação russa apresentou durante as negociações de paz
"Através dessas negociações, queremos encerrar a operação militar"
Disse Peskov, acrescentando que a recente decisão de Moscou de retirar suas tropas de áreas próximas à capital ucraniana, Kiev, foi um gesto de boa vontade destinado a facilitar seu resultado positivo.
A última rodada de negociações presenciais entre as delegações de Moscou e Kiev ocorreu em Istambul, na Turquia, há uma semana.
Moscou atacou seu vizinho no final de fevereiro, após o fracasso da Ucrânia em implementar os termos dos acordos de Minsk de 2014 e o eventual reconhecimento da Rússia das repúblicas de Donbass em Donetsk e Lugansk.
Os protocolos negociados pela Alemanha e pela França foram concebidos para regularizar o status dessas regiões dentro do estado ucraniano.
A Rússia agora está exigindo que a Ucrânia adote oficialmente a neutralidade e que nunca se junte ao bloco militar da OTAN liderado pelos Estados Unidos.
Kiev insiste que a ofensiva da Rússia não foi provocada e negou as alegações de que planejava retomar as regiões secessionistas à força.