1/22/2022

CRISE UCRÂNIA, QUAIS SERÃO OS EFEITOS NA ECONOMIA MUNDIAL SE TIVER UM CONFLITO.


O ocidente está ameaçando a Rússia com sanções incapacitantes sobre um possível conflito com a Ucrânia.

Crise da Ucrânia destruirá a economia russa? 

Os efeitos na crise mundial com relação a um conflito na Ucrânia? 


A imprensa estadunidense e europeia, bem como várias autoridades dos Estados Unidos, alertaram repetidamente sobre uma iminente invasão russa da Ucrânia nos últimos meses e ameaçaram Moscou com sanções severas se isso acontecer.

Washington e seus aliados europeus citaram o movimento de tropas russas dentro do vasto território ocidental do país como "prova" de tais planos. 

Moscou negou consistentemente as acusações, insistindo que tem o direito de realizar manobras militares dentro de suas fronteiras como bem entender.

Que sanções adicionais a Rússia poderia enfrentar? 


Washington e seus aliados prometeram “graves consequências” se a Rússia tomar medidas militares contra a Ucrânia, incluindo sanções contra os principais bancos do país, proibição de negociar dívidas governamentais, a possível mas improvável desconexão do sistema global de pagamentos interbancários SWIFT, um embargo dos Estados Unidos a tecnologia de chip e implicações para o gasoduto Nord Stream 2.

Como a Rússia se sairá se essas sanções forem aprovadas? 


Os Estados Unidos e a União Europeia já colocaram sanções a bancos e empresas russas sobre a Ucrânia.

Qual foi o resultado disso, um tiro no pé da comunidade europeia que por causa desse embargo estão pagando as contas energia elétrica e gás mais caro dos últimos 30 anos.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse na semana passada que novas sanções seriam “desagradáveis”, mas o país lidaria com isso. 

“Acho que nossas instituições financeiras podem lidar com isso esses riscos surgirem”

Disse ele.


O que acontecerá com o rublo?


A escalada militar na Ucrânia e as duras sanções podem levar a uma desvalorização do rublo e, como resultado, a um aperto na política do Banco Central e nas intervenções cambiais para garantir a estabilidade financeira, dizem analistas da Renaissance Capital. 

“Nesse caso, esperamos que a saída de recursos da dívida e, mais importante, as bolsas de valores se aproximem dos indicadores de 2014-2015, início e fase aguda do conflito no leste da Ucrânia. 

Com o rublo se desvalorizando em até 20%, expandindo o prêmio de risco.

O que acontecerá com o preço do petróleo e do gás? 


Analistas alertam que a crise pode ser um 'evento sísmico' para o mercado de energia internacional, mas quem sofreria diretamente esse efeito seria a comunidade europeia que é bem mais depende do petróleo e gás russo e não tem outra alternativa para substituir o seu excedente.

Os preços do gás e do petróleo na Europa, Ásia, Estados Unidos e no restante do mundo provavelmen te ultrapassarão os recordes de € 180 e U$ 150 dólares vistos no final do ano passado, de acordo com a Capital Economics.

Porque a Rússia é um dos maiores fornecedores de petróleo e gás para Europa, e diminuição da quantidade do petróleo e gás no mercado internacional, os efeitos no preço internacional subiria extraordinariamente, já que mais países, aqui um continente teriam que procura novos fornecedores no mercado internacional.

Com isso o preço da gasolina, óleo diesel no mundo subiria ainda mais, se os Estados Unidos o galão gasolina que custa hoje na faixa de U$ 3,68 dólares, poderia atingir a casa do U$ 4 dólares ou maís, como também o preço do gás, outro exemplo é o Brasil onde o preço da gasolina é de R$ 6,78 a R$ 7,00 reais, que se tiver conflito na Ucrânia o preço passaria a barreira dos R$ 7,50 batendo perto dos R$ 9,00 reais.

 “Enquanto a crise russo-ucraniana afeta diretamente os preços regionais do gás natural, os preços do petróleo são geralmente distantes, já que pouco petróleo russo transita pela Ucrânia”, 

Disse Manish Raj, diretor financeiro da Velandera Energy Partners, ao MarketWatch.

 “Ainda assim, a possibilidade de um conflito armado é um desenvolvimento sério e tem amplas ramificações geopolíticas, aumentando assim os prêmios do preço do petróleo” 

Acrescentou. 


As tensões aumentam a perspectiva de interrupções no fornecimento de petróleo, com o preço do petróleo subindo para uma alta de sete anos nesta semana, para quase U$ 90 o barril e poderia passaria a barreira de U$ 150 dólares o barril no mundo.

Enquanto a empresa estadunidense e europeia discute os mapas de invasão de onde vai ou não atacar, a irresponsabilidade dos Estados Unidos e da União Europeia e a OTAN, pode abalar e agravar a crise internacional que vários países enfrenta inclusive os envolvidos no conflito.

Isso não séria muito bom para a economia internacional que já esta tão fragilizada por causa do COVID19, um crise na Ucrânia de nível internacional poderá levar o custo dos alimentos e de bens de consumo ficar mais caro e difícil de compra por vários motivos.

Mas e a Rússia pode adaptar ou minimizar os efeitos das sanções?


Nos últimos sete anos, o governo russo e o banco central reduziram a exposição do país ao dólar americano, transferiram ativos dos Estados Unidos e venderam uma parcela menor de sua dívida a estrangeiros. 

A Rússia vem reformulando suas participações internacionais em favor de outras moedas e ouro, como por exemplo criptomoedas e o Yan da China.

As agências internacionais de classificação disseram anteriormente que as reservas financeiras da Rússia permitirão ao país lidar com os efeitos negativos das sanções.

O que quer dizer que as sanções estadunidense e europeia não surgiria efeitos grave na economia da Rússia porque a Rússia poderá vender o excedente de petróleo e gás para outros países, como também seus produtos sem precisar usar o dólar como por exemplo a China e países da Ásia que não são aliados dia Estados Unidos e são mais aliados a Pequim.

De acordo com o banco central russo, as reservas estrangeiras do país somam agora um recorde de US$ 630 bilhões, com um aumento de US$ 30 bilhões somente no ano passado.

Como a economia global reagirá se a Rússia for severamente sancionada?


A Rússia responde por cerca de 1,7% do produto interno bruto mundial; 

No entanto, é um importante parceiro comercial para muitos países, especialmente na União Europeia, onde fornece gasolina, diesel e gás para 2/3 das indústrias e empresa da comunidade europeia.

Cortar a Rússia do seus negócios para agradar os Estados Unidos, prejudicaria e muito a economia já fragilizada europa, já que boa parte desse países já vem enfrentando uma grave crise financeira, com altos preço nós combustível e energia por causa das sanções a Rússia, que têm um comércio significativo com Moscou.

Diferente de Moscou que não tem a Europa como principal parceiro econômico já a 10 anos, já que a política interna Rússia mudou seus parceiros priorizando países da Ásia como a China e oriente médio e América do Sul.

As sanções atuais já se mostraram ineficientes para os europeus, com as empresas europeias sofrendo enormes perdas em suas economias, estão pagando mais caro na gasolina e no gás para aquecer suas casas e fazendo subir os preço dos alimentos e afetando as indústrias e o comércio dentro da Europa tornando produtos mais caros para consumidores já que o gás para fábrica produtos não vem mais barato e uma eventual conflito terá que buscar novos fornecedores para evitar colapso geral dentro da Europa por falta de combustível.

De fato é que o fornecimento que os Estados Unidos quer oferece aos europeus não cobre 1/3 da demanda das indústrias e o comércio na Europa sem falar os custos com fretes de navios para trazer gás e petróleo séria muito caro.

Sem falar que os preços dos produtos europeus a serem vendidos para outros países ficaria muito mais caro já que teriam que repassar o preço do custo para outros países.

Resumindo os Estados Unidos e a Europa perderia muito com conflito do que a Rússia, já que Moscou tem alternativa no cenário de um conflito europeu, já a Europa e estadunidense não.

Depois de anos sendo o maior parceiro comercial da Rússia, no ano passado, a União Europeia caiu para o segundo lugar depois da China. 

Cerca de um terço das importações da Rússia ainda vêm da Europa e aproximadamente a mesma quantidade de exportações, principalmente energia, vai para a União Europeia. 

O comércio total de mercadorias entre a Rússia e a União Europeia totalizou € 174,3 bilhões em 2020.

Isso significa que devo vender minhas ações russas?


As ações russas estão caindo, pois os temores de uma possível escalada militar sobre a Ucrânia continuam atingindo o rublo e os preços das ações.

O mercado de ações russo caiu 8% em dólares na terça-feira, na queda mais acentuada em um dia para o mercado desde março de 2020.

O índice RTS denominado em dólar das principais ações russas caiu 15% na última semana, eliminando mais de US$ 105 bilhões do valor de seus constituintes.

No entanto, analistas dizem que a Rússia é uma “compra gritante” , pois veem o potencial de barganhas no mercado Internacional, apontando que as quedas de preços sempre foram seguidas de ganhos.

De fato é que na mesa de negociação os Estados Unidos e a União Europeia estão em desvantagem com relação a Rússia, tanto estadunidense e europeus não tem posição de barganha no teatro da Ucrânia, diferente da Rússia que está com a faca e o queijo na mão.

Por causa da fragilidade das suas economias que já vem enfrentando uma crise interna como é o caso da França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Inglaterra e os Estados Unidos que quase deu calote o ano passado na sua dívida externa e teve que recorrer a novos empréstimo ao tesouro nacional.

Se tiver um conflito armado, vai trazer muito mais custo a essas nações financeiramente já que a OTAN não é de graça para manter tropas e equipamentos, aumentando ainda mais suas dividas internas e sua crise financeira podendo sair do conflito pior que entrou.

E quem vai pagar os custos desse conflito será os contribuintes estadunidense, ingleses e europeus, já que quem vai financia esse Guerra não será os governos atuais mais dinheiro público, podendo fazer que os contribuintes pague essa dívida por mais de 10 anos.


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