Novos membros do BRICS impulsionarão a multipolaridade.
Sergey Lavrov comentou várias candidaturas de países árabes ao bloco
As bases multipolares do BRICS seriam enriquecidas com a admissão de várias nações árabes, mas o bloco ainda não decidiu sobre suas candidaturas, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Argélia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU) já manifestaram interesse em estreitar os laços com o grupo dos maiores países em desenvolvimento, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“São todos países muito fortes”
Disse Lavrov em entrevista à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
“E todos eles são líderes, até certo ponto, no mundo árabe e islâmico. Isso, sem dúvida, enriqueceria o BRICS.”
O diplomata russo disse que a contribuição desses novos membros seria “óbvia” e significaria que o BRICS teria representação de uma das maiores civilizações do mundo.
“Sem dúvida, isso vai beneficiar as bases multipolares do bloco que evoluíram de forma natural, objetiva”
Acrescentou
Como o BRICS toma decisões por consenso, o bloco estabeleceu um procedimento de coordenação da posição dos estados membros sobre a expansão, revelou Lavrov.
Grupos de especialistas estão atualmente trabalhando em relatórios que serão apresentados na cúpula de agosto na África do Sul, momento em que o bloco fará seu movimento de acordo.
A Rússia apóia a expansão do BRICS, disse Lavrov, mas entende muito bem que os pedidos de adesão podem trazer certas complicações.
“É uma questão muito delicada, claro, porque a reputação do país também está em jogo aqui. Se um estado solicitar a adesão e não obtiver resposta, isso não parecerá bom”
As quatro nações árabes estão entre as dezenas de países que se candidataram à adesão ao BRICS até agora.
Outros candidatos notáveis incluem Argentina e Irã.
O interesse no bloco cresceu no último ano e meio, à medida que o Ocidente alavancou seu controle sobre os sistemas financeiros internacionais para travar uma guerra econômica generalizada contra a Rússia.