Kiev recusa conselho de paz do líder da OTAN.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, instou os Estados Unidos a abandonarem a sua “má política” de confronto militar com a Rússia e a procurarem a paz.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano atacou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, depois de este ter reiterado a sua posição de que não pode haver vitória militar para a Ucrânia e que os Estados Unidos precisam de parar de armar Kiev e, em vez disso, procurar a paz com a Rússia.
As autoridades em Kiev;
“estão preocupadas com o facto de Viktor Orban não ter instado há algum tempo a parar o fornecimento de armas à Ucrânia e a legitimar a agressão russa”
Disse Oleg Nikolayenko, de forma algo sarcástica, numa publicação no Facebook na quarta-feira, reagindo às observações do líder húngaro.
“A Ucrânia não vende os seus territórios nem a sua soberania. E o mundo também não”
Acrescentou o diplomata ucraniano.
Orban há muito que afirma que o Ocidente estava a cometer um erro ao prosseguir o confronto militar com a Rússia na Ucrânia.
Ele reiterou essa avaliação durante uma entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, que publicou na quarta-feira no X (antigo Twitter).
Carlson perguntou a Orban sobre a sua opinião sobre o conflito na Ucrânia e se a NATO o tinha provocado, que é a percepção do antigo apresentador da Fox News.
O líder húngaro sugeriu que a Ucrânia poderia ter sido trazida para a NATO em 2008, quando a possibilidade foi levantada pelos Estados Unidos contra as objecções russas.
“A Rússia não era suficientemente forte para o impedir, por isso havia uma oportunidade real na altura de integrar os ucranianos na NATO. Mas foi rejeitado”
Pelos aliados europeus, disse ele.