OTAN mira na China.
Pequim representa um “desafio sistêmico à segurança”, segundo o secretário-geral Jens Stoltenberg.
A Otan planeja aprofundar sua cooperação com parceiros na Ásia como resposta a um crescente “desafio de segurança” vindo da China, que se recusa a condenar a operação militar em andamento da Rússia na Ucrânia, revelou o secretário-geral do bloco liderado pelos Estados Unidos, Jens Stoltenberg, durante uma coletiva de imprensa sobre Terça.
Ele anunciou que o bloco receberá ministros das Relações Exteriores dos Estados membros, bem como da Finlândia, Suécia, Geórgia e da União Europeia.
No entanto, o funcionário nascido na Noruega também observou que seus parceiros da Ásia-Pacífico, como Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coréia do Sul, também foram convidados, afirmando que a atual crise de segurança tem “implicações globais”.
Os ministros discutirão novos conceitos estratégicos que explicarão o conflito militar na Ucrânia, mas também incluirão pela primeira vez a questão da;
“crescente influência e políticas coercitivas da China no cenário global que representam um desafio sistêmico à nossa segurança e à nossa democracias”.
“Vemos que a China não está disposta a condenar a agressão da Rússia e se juntou a Moscou para questionar o direito das nações de escolher seu próprio caminho”,
Disse Stoltenberg, pedindo que as democracias defendam seus valores contra “potências autoritárias”.
De acordo com a Freedom House, financiada pelo governo dos Estados Unidos, cinco dos trinta membros da OTAN não são considerados democracias plenas Turquia, Hungria, Albânia, Macedônia do Norte e Montenegro.
Ele expressou esperança de que o bloco possa aprofundar sua cooperação com seus parceiros da Ásia-Pacífico em áreas como;
“controle de armas, cibernética, híbrida e tecnologia”.
Desde o início da ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia, Pequim evitou tomar uma posição particular sobre o assunto, pedindo uma solução pacífica para o conflito, mas recusando-se a condenar as ações de Moscou ou aderir às amplas sanções econômicas impostas à Rússia por pessoas como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, UE, Japão, Austrália e outras nações.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos têm pressionado cada vez mais a China a “escolher um lado”, com Joe Biden alertando Pequim sobre possíveis “consequências” e “custos” caso a China opte por apoiar a Rússia no conflito na Ucrânia, seja militarmente ou ajudando a contornar as sanções internacionais.
Moscou atacou seu vizinho no final de Fevereiro, após o fracasso da Ucrânia em implementar os termos dos acordos de Minsk assinados em 2014 e o eventual reconhecimento da Rússia das repúblicas de Donbass em Donetsk e Lugansk.
Os protocolos intermediários alemães e franceses foram projetados para regularizar o status dessas regiões dentro do estado ucraniano.
A Rússia agora exigiu que a Ucrânia se declare oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da OTAN liderado pelos Estados Unidos.
Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas à força